Crítica Filme: LOUCAS PRA CASAR

Eu, tu e elas

Roberto Santucci começou no cinema nacional com projetos densos e menos conhecidos do público como ‘Alucinados’ e ‘Bellini e a Esfinge’, mas percebeu na comédia um grande filão a ser seguido. Acertou algumas vezes, como em ‘De Pernas pro Ar’ e errou feio em outras, como em ‘O Candidato Honesto’.

‘Loucas pra Casar’ é seu novo projeto e talvez o mais corajoso da carreira de Santucci – muito pela ajuda do roteirista Marcelo Saback –, com uma excelente reviravolta no terço final e um trio de protagonistas bastante engraçadas e menos afetadas que o normal. Ingrid Guimarães lembra muito Sarah Jessica Parker, desde as caras e bocas, passando pelas vestimentas até os cacoetes e isso prejudica um pouco sua desenvoltura, mas é Tatá Werneck e Suzana Pires que roubam a cena e tiram boas risadas do espectador.

Apesar de ser um filme mais voltado para o público feminino, os homens também irão se divertir e encontrar características bem comuns na personalidade do sexo oposto – num nível mais acentuado, obviamente – e, por incrível que pareça, ‘Loucas pra Casar’ passa longe de ter um posicionamento machista diante todas as situações mostradas.

Malu é uma mulher independente, com bom emprego e amigos fieis e tem o sonho de se casar. Samuel é o escolhido e após três anos de namoro, nota coisas estranhas como a falta de algumas camisinhas de seu estoque. Coloca um detetive particular e descobre duas mulheres que também lutarão com todas as forças pelo coração do galã.

No corte final houve um tremendo exagero ao inserirem a música ‘Happy’ a cada quinze minutos, além de clichês obrigatórios. Mas numa somatória geral, os acertos suprem os defeitos e esperamos que o grande público não fuja dos cinemas por conta de um desfecho que não estão acostumados.

Confira a programação aqui: Cinema Hortolândia

Por: Eder de Oliveira
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