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CAPITÃO AMÉRICA: GUERRA CIVIL

A Marvel Studios inicia sua terceira fase nos cinemas com algo grandioso e denso, mas acima de tudo, ‘Capitão América – Guerra Civil’ não poderia ter sido lançado em um momento tão oportuno, já que guerras políticas são vistas todos os dias e não só nos Estados Unidos (se é que você me entende) e uma espécie de batalha campal, que não levará ninguém a lugar nenhum – a trégua dada por Steve Rogers a Tony Stark no final, prova que os heróis são melhores que muitos de nós, pelo menos por enquanto.

Baseado na saga de mesmo nome, lançada em 2006 e escrita por Mark Millar, o filme tem o cuidado de modificar diversas passagens dos quadrinhos e fazê-la de maneira exemplar, provando que o estúdio entende a diferença dessas duas mídias como poucos em Hollywood – e os fãs agradecem por isso.

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Joe e Anthony Russo dialogam com o público de uma maneira ainda mais interessante do que em ‘Capitão América – O Soldado Invernal’, pois a questão ideológica está fortemente presente tanto do lado de Stark quanto no de Rogers e por isso fica complicado para o espectador escolher um time após o término do projeto.

Além de dar espaço e importância para diversos heróis como Feiticeira Escarlate, Visão, Máquina de Combate e outros que conhecemos, o roteiro tratou nos apresentar dois novos seres dentro do universo, ou seja, Pantera Negra e, claro, o amigo da vizinhança Homem Aranha. O primeiro é inserido a trama tão naturalmente, que parece já conhecermos T’Challa desde o início do projeto Vingadores, já o Peter Parker de Tom Holland cativou a todos com seu jeito brincalhão e jovial e com uma bela tia May.

Neste meio tempo, o Barão Zemo (interpretado pelo excelente Daniel Bruhl) vai orquestrando seu plano maléfico, mas sem as megalomanias de querer conquistar o mundo, pois há questões bastante pessoais sendo tratadas, assim como no caso de Stark querer tirar a vida de Bucky Barnes. Barnes, por sinal, tem o discernimento necessário para se sentir culpado das mortes que causou (mesmo estando sob o efeito da HIDRA).

Há duas sequências de ação que deixarão o espectador travados na poltrona (fiquem de olho nas homenagens às HQs antigas dos Vingadores) e as coreografias de luta, com as câmeras incessantes dos diretores, farão os fãs mais antigos e, porque não, os mais novos, delirarem.

E aí você deve estar se perguntando: se é tão bom, por que ele não deu nota 10? O motivo se chama Ossos Cruzados. Sua participação é risível (mesmo tendo um desfecho catastrófico tanto para ele quanto para os heróis) e subaproveitada.

Com este sem número de consequências – umas bastante dramáticas –, esta coragem e respeito inigualáveis da Marvel Studios e a prova de que um blockbuster pode divertir e fazer pensar, estaremos esperando ansiosamente pela batalha histórica que ocorrerá em ‘Os Vingadores: Guerras Infinitas’. É de se aplaudir em pé.

Obs.: Há duas cenas pós-creditos bem interessantes.

Assista em Hortolândia no CineSystem

Por Éder de Oliveira
www.cinemaepipoca.com.br

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