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DEADPOOL – O amigo (puf!) da vizinhança

Esqueça aqueles heróis da Marvel Studios que precisam de um filme ‘livre para todas as idades’, pois não tem coragem de arrancar as cabeças de seus inimigos, esqueça a luta que virá entre Batman e Superman, esqueça tudo o que sabe sobre heróis no cinema, porque eu vou te mostrar o que é ser super. Prazer, meu nome é Deadpool.

Já tinham feito a maior cagada do mundo ao tentarem contar a minha história – ou pelo menos um pedacinho dela – naquela porcaria intitulada ‘X-Men Origens: Wolverine’, por sorte agora contrataram Tim Miller, um diretor de verdade e Ryan Reynolds, um ator de verdade, sem aquela roupa verde ridícula e aqueles efeitos especiais de fundo de quintal que vocês viram (azar o de vocês) em ‘Lanterna Verde – O Filme’.

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Nos créditos de abertura eu já dou a deixa que sou super, mas não sou herói, também sou mais um personagem criado por CGI e meu vilão tem sotaque britânico e você vai rir de tudo isso, ou seja, parece que o espectador não está acostumado com boas doses de sinceridade no cinema – ou será que é Hollywood quem não está acostumada?

Assim como estou fazendo aqui, também converso com o espectador no decorrer das quase duas horas (não gosto de deixá-los sozinhos) e vejam a versão legendada primeiro, principalmente porque aquele maldito sotaque russo de Colossus sempre me faz rir. E como minha esposa é gostosa hein… ops, quero dizer, talentosa. Ao contrário da personagem de Gina Carano, essa não deveria estar no elenco.

Você não vai precisar esperar 40 minutos para saber qual a origem do meu poder, fique tranquilo. Desde a primeira cena já estou estourando os miolos dos meus inimigos e, no decorrer disso tudo, conto os detalhes que precisará saber sobre minha vida. Ou seja, daqui em diante, vai ter muita gente que não me conhecia comprando HQs, action figures e outros produtos, só porque gostaram do meu filme. Esse modismo me irrita.

Na história, escrita por Rhett Reese e Paul Wernick, sou Wade Wilson e sou diagnosticado com câncer terminal, mas encontro uma possibilidade de cura em um lugar que ninguém gostaria de estar. Depois de uma sessão de tortura, fico tão deformado quanto o Freddy Krugger, mas, pelo menos, ganho a imortalidade.

Conheço tanto a cultura pop mundial que minhas piadas aqui vão desde Hugh Jackman, passando por Liam Neeson, Star Wars, Um Lugar Chamado Notting Hill e tantos outros que já me esqueci. Na verdade, não me esqueci não, só não vou contar tudo o que tem em meu filme porque tenho certeza que você vai ver esta obra prima de um cara delicioso, vestido com colan vermelho atochado na bunda e picotando os inimigos sem qualquer remorso.

Ah… Esperem os créditos finais passarem, porque tenho uma surpresinha para você!

Ass.: O amigo (puf!) da vizinhança, Deadpool.

Por Éder de Oliveira
www.cinemaepipoca.info

Deadpool (2016) – Trailer Legendado

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