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INVOCAÇÃO DO MAL 2

Quando James Wan estreou nas telonas, com o terror ‘Jogos Mortais’ conseguiu fazer milagre e multiplicou o mísero orçamento de pouco mais de um milhão de dólares (fez 100 milhões nas bilheterias mundiais) e deu à saga outros seis filmes. De lá para cá, ganhou experiência e respeito dos estúdios e mesmo passeando por outros gêneros, é no terror que ele se sente mais à vontade.

‘Invocação do Mal 2’ continua as aventuras macabras de Ed e Lorraine Warren e aqui o diretor tem mais tempo para trabalhar as nuances do casal e mostrar para o espectador o quanto este ‘trabalho’ os afeta física e psicologicamente. Não há novidades no roteiro de Walter Hamada, Dave Neustadter e do próprio Wan, mas os clichês são trabalhados de maneira exemplar (há portas batendo, reflexos na água, barulhos estranhos e tudo o que o fã do gênero ama).

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A câmera passeia sem cortes pelos cômodos ao apresentar a casa dos Hodgson, família que vive no subúrbio da Inglaterra e se vê afetada por um fenômeno inexplicável. Desde a poltrona, reclusa no canto da sala, passando pela parede descascada e caindo aos pedaços, até chegar no porão, tudo poderá ser utilizado para levar medo a quem assiste, portanto, segure sua pipoca e seu refrigerante com força.

E falando em medo, há pelo menos dois ou três excelentes sequências, onde senti minha espinha congelar – aquela freira demoníaca (que provavelmente ganhará um filme solo) e a explicação do porquê ela existe é muito funcional – e a fotografia, que vai ganhando tons diferenciados e passa da cor pastel para a escuridão total, são um achado.

Ed e Lorraine decidiram ‘tirar férias’ e deixar os exorcismos de lado, mas o demônio insiste em aparecer em suas vidas. Desta vez, sete anos após os acontecimentos anteriores, viajam para a Inglaterra, mais precisamente na cidade de Enfield, a pedido da Igreja Católica, para desvendar algumas manifestações poltergeist ocorridas numa garota. Como já é sabido, o ‘buraco é mais embaixo’ e a parada vai ser mais difícil do que imaginavam.

A recriação da década de 70 é maravilhosa e as atuações dão show, mas é Madison Wolfe que rouba a cena ao interpretar Janet Hodgson. A diferença na questão orçamentária, se comparada com o filme de 2013, é gritante, mas em duas cenas acaba atrapalhando por conta do uso da computação gráfica. No mais, ‘Invocação do Mal 2’ é deliciosamente assustador e uma continuação a altura do original.

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Por Éder de Oliveira
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