Brasil

6 de 10 brasileiros têm excesso de peso, mostra numeros do IBGE

No Brasil, 56,9% das pessoas com mais de 18 anos estão com excesso de peso, ou seja, têm um índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 25. Além disso, 20,8% das pessoas são classificadas como obesas por terem IMC igual ou maior que 30. A obesidade é um fator de risco importante para doenças como hipertensão, diabetes e câncer.

Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que teve o terceiro volume de resultados divulgados nesta sexta-feira (21). O primeiro volume de dados foi divulgado em dezembro de 2014 e osegundo foi divulgado em junho de 2015.

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A pesquisa, que está em sua primeira edição, visitou 81.767 casas em todos os estados brasileiros no segundo semestre de 2013, entre as quais 62.986 aceitaram responder ao questionário do IBGE. Enquanto todos os entrevistados tiveram peso, altura, circunferência da cintura e pressão arterial medidos, 25% tiveram também amostras de sangue e urina coletadas para exames.

A PNS constatou ainda que 2,5% da população com mais de 18 anos tem déficit de peso, ou seja, IMC menor do que 18,5.

Na avaliação do tamanho da cintura dos brasileiros, a conclusão foi que 37,7% tem cintura aumentada, o que também eleva riscos de doenças cardiovasculares e diabetes. A cintura é considerada aumentada quando é maior que 88 cm para mulheres e que 102 cm para os homens. Entre elas, esse problema foi bem mais prevalente: 52,1% das mulheres e 21,8% dos homens têm o problema.

A pressão alta, que pode estar relacionada ao sobrepeso, foi constatada em 22,3% dos entrevistados no momento da pesquisa. Já 5,9% das pessoas apresentavam pressão baixa.

Saúde da mulher
A idade média da primeira gravidez das brasileiras é de 21 anos, segundo os dados coletados pela PNS. Entre as entrevistadas que já tinham dado à luz, 45,3% tiveram parto vaginal e 97,9% fizeram seu último parto em hospital ou maternidade.

Entre as mulheres de 18 a 49 anos sexualmente ativas e que ainda menstruavam, 61,1% disseram fazer uso de métodos contraceptivos. Na mesma faixa etária, o percentual de mulheres que declararam já ter sofrido aborto espontâneo foi de 15,2%. O risco de aborto é maior em mulheres que têmproblemas como endometriose e infecção vaginal.

Além disso, 2,1% delas disseram já terem tido um aborto provocado. No Brasil, o aborto só é legal nas situações em que a gravidez decorre de estupro, quando há risco de vida para a gestante ou quando o feto é anencéfalo.

Quanto aos exames de rotina, 79,4% das mulheres de 25 a 64 anos disseram ter feito o Papanicolau – exame usado para detecção precoce de câncer de colo do útero – nos três anos anteriores à pesquisa. Entre as mulheres com idade entre 50 e 69 anos, 60% declarou ter feito mamografia – teste usado para detecção precoce de câncer de mama – nos dois anos anteriores à pesquisa.

Saúde dos idosos
Segundo os dados coletados pela pesquisa, a população com 60 anos ou mais corresponde a 13,2% dos brasileiros. Dentro desse grupo, 6,8% das pessoas sofrem com limitações para fazer suas atividades cotidianas. Entre as que têm limitações, 84% precisa de ajuda para concluir essas atividades e, dos que precisam de ajuda, 17,8% recebem cuidados remunerados e 78,8% recebem cuidados de familiares.

Nessa faixa etária, 24,4% das pessoas declaram participar de atividades sociais organizadas. Essa informação foi coletada para verificar os graus de autonomia e independência dos idosos no Brasil. No país, a expectativa de vida é de 74,9 anos, segundo dados do IBGE.

Saúde das crianças
A PNS também coletou informações sobre a saúde de crianças com menos de 2 anos de idade. Um dos itens avaliados foram os exames básicos que devem ser feitos nos primeiros dias de vida.

Entre as crianças dessa faixa etária, 70,8% fizeram o teste do pezinho na primeira semana de vida. O exame consegue detectar doenças metabólicas, genética e infecciosas. O teste da orelhinha, para avaliar a audição da criança, foi feito por 56% das crianças dessa faixa etária no primeiro mês de vida. Já o teste do olhinho, para detectar alterações oculares, foi feito por 51,1% no primeiro mês de vida.

Quanto à alimentação das crianças de até 2 anos, a pesquisa constatou que 60,8% já comem biscoito, bolacha ou bolo e 32,3% tomam refrigerante e suco artificial. 50,6% das crianças entre 9 e 12 meses de idade continuam tomando leite materno como alimentação complementar.

Pessoas com deficiência
Segundo a PNS, 6,2% dos brasileiros têm pelo menos uma deficiência, seja intelectual, física, auditiva ou visual. A deficiência mais comum é a visual, que atinge 3,6% das pessoas, seguida pela deficiência física (1,3%), deficiência auditiva (1,1%) e intelectual (0,8%).

Outras pesquisas nacionais de saúde
Pesquisas nacionais sobre a saúde da população feitas anteriormente não coletavam amostras de urina e sangue para exames. É o caso da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), que abordou o tema da saúde em 1998, 2003 e 2008 e também do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), feito anualmente desde 2006.

A PNS ainda terá uma terceira etapa de divulgação de dados no final do ano, que deve incluir informações sobre a pressão arterial dos entrevistados. Os dados levantados a partir dos exames de sangue e urina, por sua vez, só serão divulgados em uma etapa posterior.

Fonte: g1.globo.com

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