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Delegado da PF diz que prefeito de Hortolândia será indiciado e intimado

Segundo Almeida, ele também será intimado a depor sobre desdobramentos da investigação que indica, além de discrepâncias nos valores dos bens declarados pelo prefeito, pelo menos três empresas fantasmas vinculadas a ele. A defesa de Meira nega as acusações e garante que ele não cometeu nenhuma irregularidade.

Pela manhã, a PF deflagrou uma operação na qual apreendeu documentos, computadores, pen-drives na casa e no escritório de contabilidade do prefeito em Hortolândia. De acordo com o delegado do caso, os objetos serão utilizados para tentar esclarecer algumas divergências encontradas no curso das investigações. Uma das questões sobre a qual a polícia se debruça é a discrepância nos valores de alguns bens declarados pelo político.

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“A casa que ele mora está declarada como R$ 60 mil. E a casa que ele mora é bastante confortável, com dois terrenos. Pode multiplicar isso por muitas vezes. É uma casa num condomínio, terreno duplo, com bastante área de coforto e lazer, até academia. Uma série de coisas que não seria R$ 60 mil. Pode mulplicar por 20 facilmente o valor declarado. Então, todos os bens que ele apresentou não são reais”, afirmou Almeida em entrevista após a operação.

O delegado também aponta como discrepantes os valores declarados por uma fazenda adquirida pelo escritório de contabilidade do prefeito e uma casa em um loteamento. “Uma casa em um loteamento, ela poderia valer R$ 3,5 mil? Isso não existe. Uma casa em um loteamento urbanizado, organizado…?”, disse. A fazenda localizada em Itapeva teria sido comprada por R$ 1,5 milhão e declarada com valor de R$ 83 mil. A propriedade está, segundo a PF, entre os bens não declarados durante a posse.

Outras curiosidades foram citadas pelo delegado sobre informações que surgiram durante a apuração. Entre elas, o fato de uma das empresas supostamente de fachada mantida pelo prefeito ter sido registrada com o nome de “Laranjal”, o que para a PF pode ser uma referência à utilização de “laranjas”, pessoas usadas para acobertar determinado crime.

Defesa nega
O advogado de defesa de Antônio Meira, André Guimarães, afirma que ele e o prefeito têm acompanhado as investigações que se arrastam desde 2003 e que, desde então, têm prestado todas as informações solicitadas. Ele garante que não houve irregularidade e atribui a denúncia a perseguição política de adversários do petista. “Vive-se um segundo turno das eleições aqui há dois anos”.

Sobre a fazenda de Itapeva, o defensor afirma que ela não foi declarada porque não se trata de um bem da pessoa física do prefeito. “Essa fazenda foi adquirida e integralizada com capital do escrtorio de contabilidade, daí não ter sido declarada à Justiça Eleitoral. Porque o escritório não foi candidato. O prefeito declarou as propriedades das cotas do escritório”, defendeu.
Em relação à discrepância de valores, ele nega qualquer ilegalidade também e se diz confiante de que os objetos apreendidos pela polícia serão esclarecedores nesse sentido. “Os bens foram declarados pelos valores das suas respectivas escrituras. Declarou com base nos documentos de compra e venda”, conclui.

Fonte: G1

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