Connect with us

Coluna

Greve dos professores do Estado de São Paulo

Avatar de Redação Portal Hortolândia

Published

on

greve

Com início em 13/03, os professores protagonizaram uma greve que entrou para a história, como a maior Greve dos professores do Estado de São Paulo, a mesma se encerrou no último dia 12/06 totalizando 92 dias paralisados por melhores condições de trabalho, salário e emprego.

Anuncio


Durante todo o período em greve, os professores construíram um movimento em defesa da educação pública gratuita e de qualidade, evidenciando para toda a sociedade o debate em torno da crise educacional que vive o nosso país, principalmente no Estado de SP. Com certeza a população passou a entender mais os reais problemas que existem a escola pública paulista. 

Gritos de luta ecoavam pelas ruas de São Paulo. Mas um grito carregou a simbologia da luta dos professores durante os atos na capital, com as vozes das salas de aula de todo o Estado: gritavam que os professores não iriam arregar diante de um governo autoritário. “Não tem arrego”, era o que os professores e professoras de todo o Estado diziam durante esses três meses. 

O professor chegou e não sairá mais das ruas, um novo jeito de fazer luta foi chegando a cada semana, um novo método de lutar por direitos e mostrar que o espaço das ruas, avenidas, rodovias e até aeroportos é lugar dos professores. Durante esses últimos meses todo lugar era lugar do professor, a aula foi em todo lugar, porque lutando também se ensina. 

Advertisement

O método de radicalizar as lutas tomou conta da Greve dos professores, pela primeira vez, as rodovias de todo o Estado foram fechadas em defesa da escola pública. Ainda assim, a ocupação continuou sendo método e estratégia de luta com a ocupação da ALESP. A casa do povo foi ocupada pelos professores, por uma noite os professores vivenciaram mais um momento histórico. 

Os professores já não davam aulas apenas nas salas, pois estavam fora delas, mas continuavam a ensinar que a melhor forma de mudar a realidade é lutando. Na luta, chegaram aos três aeroportos do Estado para denunciar o caos que se encontra a escola pública, ocupando um espaço pouco usado por ele para mais uma vez ensinar que só a luta muda a vida. 

Um discurso se construiu durante todo o tempo, o de que não existia greve, e que era sem sentido, discurso esse ecoado pelo Governo e também pela grande mídia, mas a luta fez mostrar que essa mídia tem um lado e que não é o da educação. A mídia escondeu a maior greve do Estado de São Paulo e que ela aconteceu com novos modos de luta que os professores e movimentos sociais mostraram. 

E os estudantes? Os estudantes também fizeram história. Pela primeira vez conseguimos ver uma juventude que não se contentou em apenas assistir a luta dos professores e decidiram agir junto com seus mestres para defender a escola pública. Também foram protagonistas da sua própria história ao denunciar o que esta acontecendo na escola pública. Deram aula junto com os professores e em uma só voz gritavam estudantes e professores: “Alckimin a culpa é sua, a aula hoje é na rua”. 

Advertisement

A radicalização das lutas se deu por iniciarmos uma nova etapa da organização sindical, a juventude passa a ser elemento importante dentro da organização do movimento dos professores. Um ritmo novo sacudiu a luta dos professores paulistas, uma parcela da categoria, ou seja, a juventude se colocou como parte significativa desta greve, uma juventude que reprova métodos antigos de organização. 

Uma juventude que vivenciou as jornadas de junho de 2013 e que também esteve presente em março, abril, maio e junho de 2015 dando novo sentido a luta sindical e sacudindo a luta na educação, evidenciando que a juventude vai estar dentro dos sindicatos denunciando as velhas praticas burocráticas de organização sindical. 

Com certeza, essa foi a maior greve da história e ao mesmo tempo a mais difícil, com o governo cortando o ponto dos professores e dificultando ao máximo o diálogo. Mas também temos a certeza que a luta em defesa da escola pública não acaba aqui, esse momento histórico termina em um ciclo e inicia outro. Sabemos que outras lutas virão, pois os ataques à classe trabalhadora continuarão, e com isso, nós trabalhadores teremos que continuar nos organizando para continuar as lutas de ontem, hoje e amanhã. Seguiremos lutando em defesa da escola pública, gratuita e de qualidade para todos e todas, uma escola para os filhos da classe trabalhadora e para os trabalhadores. 

Ronaldo da Cruz Bragança, Sociólogo, formado em Ciências Sociais pela Puc Campinas, professor da rede pública estadual, membro do Coletivo Braços dados- trabalhadores anti-capitalistas.

Advertisement

COMPARTILHE NAS REDES SOCIAIS
Compartilhar no Facebook

Lei Proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização previa do Portal Hortolandia . Lei nº 9610/98

Coluna

A alimentação e a economia circular 

Avatar de Redação Portal Hortolândia

Published

on

Dia Mundial da Alimentação

Você já se perguntou de onde vem a comida que vai parar no seu prato? Se aquilo que você come vem de perto ou não? Se é mesmo saudável ou fresco? De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os alimentos in natura, ou minimamente processados, são a base ideal de uma alimentação adequada. Eles são obtidos diretamente de plantas ou animais, com o mínimo ou nenhum tipo de processamento.

Ao sairmos em busca desses ingredientes nas compras, nossa preocupação deve se estender para além do sabor e da qualidade. Ponderamos o preço dos produtos, a distância até o local de compra, o tempo de deslocamento, o que engloba a emissão de carbono neste transporte, e diversos outros fatores que fazem parte da equação de um consumo mais sustentável. Estes são somente alguns dos muitos aspectos que nos possibilitam pensar a relação entre alimentação e Economia Circular.

Anuncio


Ao falarmos sobre economia circular na alimentação, não podemos deixar de mencionar a importância de reduzir o desperdício e repensar o ciclo de vida dos alimentos. Isso inclui a maneira como lidamos com resíduos e embalagens. A busca por alimentos não embalados, ou que utilizem embalagens sustentáveis, em conjunto com a redução do desperdício são elementos-chave desta equação.

Ao olharmos para o nosso prato de comida, todos os dias, devemos celebrar. Ele é resultado do trabalho de dezenas, centenas de pessoas em parceria com o ambiente. Conhecer cada melhor toda essa cadeia, da produção ao eventual descarte, deve nos fazer refletir sobre questões éticas relacionadas à disponibilidade, ao acesso e, ao mesmo tempo, a todo o desperdício que ainda existe.

Advertisement

Afinal, a circularidade não se limita apenas à produção de alimentos, mas também ao que fazemos com as sobras de comida e embalagens após o consumo. A adoção de práticas de “lixo zero” em nossas casas e o apoio a iniciativas de reciclagem e reutilização de embalagens contribuem significativamente para a construção de uma economia mais circular e sustentável.

Podemos e devemos fazer melhores escolhas todos os dias. É um aprendizado permanente na direção de zerar a quantidade de resíduos que produzimos e garantir acesso a alimentação saudável e de qualidade para todos. Ou seja, uma alimentação circular enquanto garantia de qualidade ambiental e direito humano.

*Edson Grandisoli é embaixador e coordenador pedagógico do Movimento Circular, Mestre em Ecologia, Doutor em Educação e Sustentabilidade pela Universidade de São Paulo (USP), Pós-Doutor pelo Programa Cidades Globais (IEA-USP) e especialista em Economia Circular pela UNSCC da ONU. É também co-idealizador do Movimento Escolas pelo Clima, pesquisador na área de Educação e editor adjunto da Revista Ambiente & Sociedade.

Advertisement

COMPARTILHE NAS REDES SOCIAIS
Compartilhar no Facebook

Lei Proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização previa do Portal Hortolandia . Lei nº 9610/98
Continue Reading

Coluna

A vida é muito curta para ser pequena

Avatar de Redação Portal Hortolândia

Published

on

clube-luta

Temos empregos que odiamos para comprar coisas que não precisamos.

Tyler Durden, de “O clube da Luta”

Anuncio


Outro dia eu tinha dezessete anos, estava aprovado no vestibular e tinha a vida toda pela frente; hoje acordei com sessenta anos e, olhando para trás, percebi que “de zero a dez” minha vida é no máximo nota quatro.

É verdade que tenho filhos de caráter e formação extraordinários, mas o mérito é grandemente da Celinha, do Notre Dame e da espiritualidade que envolvia a escola, do CISV, que abriu um mundo de possibilidades para eles e das relações afetivas e acolhedoras da família.

Advertisement

Transcrevo os versos do Cazuza, Poeta da minha geração, para descrever o que senti na manhã que acordei surpreso com sessenta anos:

Os meus sonhos
Foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Ah, eu nem acredito

Que aquele garoto que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Frequenta agora
As festas do Grand Monde

Fato é que o tempo aqui no planeta é bem curtinho e acabamos desperdiçando o nosso tempo em coisas das quais não gostamos e deixando “para depois” aquilo que de fato amamos, sentimento sintetizado pelo poema dos Titãs:

Advertisement

Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr

Assustado com a minha condição de idoso – definida pela Lei Federal 10741/2003, mais conhecida como Estatuto do Idoso -, tenho “pensado na vida”, no caminho que percorri, no caminhar e nas companhias.

Advertisement

A nossa vida é marcada pelo tempo e pelo medo, pelo tempo que nos resta e pelo medo de não alcançarmos sucesso; tenho tido flashes de momentos que tiveram ou tem significado na caminhada; lembrei de uma conversa que tive com o meu tio Chico dentro da piscina da casa dele; ele me perguntou: “Você está feliz com a faculdade, gostando do curso?”, respondi afirmativamente, mas ressalvei “tenho medo apenas da mediocridade”; ele respondeu: “esse é um medo bom. Estude, estude mais e depois estude mais um pouco, mas não apenas Direito”, depois desse conselho o medo passou.

Mas o fato é que, aos sessenta anos, o tempo que gastei, cooptado pela lógica médio-classista, me fez correr atrás de coisas que não tem relevância alguma; e, o que mais tem “doído”, é a certeza de que gastei tempo demais colocando meu apenas o conhecimento e a alma para solucionar questões que não me diziam respeito, especialmente no âmbito profissional; e a retribuição? nada além dos honorários e algumas vezes nem isso.

O susto me alertou não apenas de que a vida é curta, mas que eu gastei tempo demais com coisas desnecessárias; a ideia de finitude e mortalidade não me perturba, apenas não quero mais gastar tempo de forma equivocada. A consciência da mortalidade não é negativa, pois como disse o Cortella: “é essa consciência que nos desperta da letargia”, algumas pessoas, contudo – e não são poucas – se distraem em relação a isso e como escreveu Chico Buarque:

Vida, minha vidaOlha o que é que eu fizDeixei a fatia mais doce da vidaNa mesa dos homens de vida vaziaMas, vida, ali, quem sabe, eu fui feliz

Advertisement

Tive uma sócia, de triste lembrança, que dizia: “não conheço ninguém que goste tanto de voltar para casa após o trabalho”, ela dizia isso porque, raramente, eu participava de happy hours; de fato, prefiro voltar para casa; gostava de encontrar os meninos, a Celinha, o Jow, o Tommy, o Ditão e o Marreta (nossos cachorros, que estiveram conosco por todo o tempo de suas vidas), meus livros e o caos criativo e criador que uma casa cheia de histórias nos oferece.

Passei tempo demais vivendo uma vida pequena, no ritmo das pequenas coisas falsamente urgentes e deixando de lado o que é de fato importante. Podemos ser condescendes conosco – o que é, inclusive uma tendência humana, tão humana -, e dizer que vivemos um tempo quem que tudo é apressado, que temos uma agenda lotada de compromissos profissionais e sociais, que a conectividade exige de nós insanidade, etc e tal; tudo isso é verdade, mas o fato é que tudo na vida são escolhas nossas.

Escolhas ruins, nos levam a caminhos ruins e a resultados piores ainda.

Observo as novas gerações, escravos e escravas do número de “likes” e “unlikes” que se tem, isso faz com que haja não só ausência de tempo, mas uma perda de tempo. Não se trata de afirmar que toda rede social e tecnologia é ruim e seja, em si, uma perda de tempo, mas a não utilização com parcimônia, inteligência e uma medida boa, faz com que se perca um tempo imenso ao dar retorno apenas para não chatear a outra pessoa. Isso faz com que, a vida que é curta, vá se apequenando exatamente pela ausência de capacidade de cuidar daquilo que é importante. Mas a questão do uso da tecnologia vamos tratar noutro momento.

Advertisement

A reflexão de hoje caminha, mesmo que caótica, para chegar a uma frase de Benjamin Disraeli, 1.º Conde de Beaconsfield, que foi um político Conservador britânico, escritor, aristocrata, além de Primeiro-Ministro do Reino Unido em duas ocasiões: “A vida é muito curta para ser pequena”.

Pedro Benedito Maciel Neto, 60, advogado e pontepretano, sócio da www.macielneto.adv.br[email protected]

COMPARTILHE NAS REDES SOCIAIS
Compartilhar no Facebook

Lei Proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização previa do Portal Hortolandia . Lei nº 9610/98
Continue Reading

Coluna

Combate à Prostituição Infantil: Desafio Brasileiro

Avatar de Redação G.

Published

on

prostituicao

O Brasil enfrenta um desafio persistente no combate à prostituição infantil, um problema social grave que afeta crianças e adolescentes em todo o país. Segundo dados da Polícia Federal, as ocorrências de exploração sexual de menores têm mostrado números alarmantes, exigindo ações efetivas tanto das autoridades quanto da sociedade civil. A prostituição infantil, além de ser um crime hediondo, viola direitos fundamentais, colocando em risco o futuro de muitos jovens brasileiros.

A complexidade desse fenômeno é evidente, dada a sua relação intrínseca com fatores como pobreza, falta de educação e vulnerabilidade social. Em muitos casos, crianças são coagidas ou seduzidas para a prática, encontrando na prostituição uma falsa saída para problemas econômicos e familiares. O governo brasileiro, em parceria com organizações não-governamentais, tem desenvolvido programas de prevenção e conscientização, visando educar a população sobre os perigos e as consequências legais envolvidas.

Anuncio


As operações de repressão, lideradas pela Polícia Federal em conjunto com as polícias estaduais, são fundamentais para o combate direto à prostituição infantil. Através de investigações e ações de inteligência, muitas redes de exploração sexual de menores têm sido desarticuladas. Estas operações frequentemente revelam a conexão de tais redes com outros crimes, como tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, ampliando o escopo da luta contra a exploração sexual infantil.

A legislação brasileira é rigorosa no que diz respeito à prostituição infantil. A pena para quem explora sexualmente crianças e adolescentes pode chegar a 10 anos de prisão. No entanto, a eficácia da lei depende de sua aplicação consistente e de um sistema judiciário ágil. O fortalecimento das instituições responsáveis por garantir a justiça é, portanto, um aspecto crucial na luta contra essa chaga social.

Advertisement

Além da ação governamental e policial, é essencial o envolvimento da sociedade. A conscientização pública sobre a gravidade da prostituição infantil e a promoção de uma cultura de proteção aos direitos das crianças e adolescentes são passos fundamentais para erradicar esse mal. O engajamento da mídia, a educação e o apoio da comunidade são ferramentas valiosas nesse processo.

COMPARTILHE NAS REDES SOCIAIS
Compartilhar no Facebook

Lei Proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização previa do Portal Hortolandia . Lei nº 9610/98
Continue Reading

Noticias

Jardim Minda Jardim Minda
Policial46 minutos ago

Furto de celular em padaria do Jardim Minda termina com homem preso

Na tarde de ontem (18), uma equipe policial recebeu informações de que o ocupante de um veículo que estaria envolvido...

prisão prisão
Policial1 hora ago

Tentativa de fuga e prisão: homem é detido em Sumaré conduzindo moto roubada

Na manhã de ontem (18), a polícia de Sumaré foi até o Jardim Nova Esperança após receber um alerta sobre...

viaduto viaduto
Nossa Região2 horas ago

Caminhão fica preso em viaduto de Campinas e causa congestionamento

O viaduto da Rodovia Francisco Von Zuben (SP-91), em Campinas, ficou ‘travado’ na tarde de hoje (19), por conta de...

3ª feirinha pet 3ª feirinha pet
Nossa Cidade2 horas ago

3ª Feirinha Pet em Hortolândia acontece amanhã, com adoções gratuitas: saiba endereço e horário do evento

Amanhã (20), acontecerá a 3ª Feirinha Pet, novamente no estacionamento do Shopping Hortolândia, a partir das 10h. Lembrando que o...

atos golpistas em Brasília atos golpistas em Brasília
Nossa Região4 horas ago

Morador da região que participou de atos golpistas em Brasília é condenado a 14 anos de prisão

Um morador de Sumaré de 50 anos recebeu uma pena de 14 anos de prisão (sendo 12 anos e seis...

Consultoria gratuita para Declaração de Imposto de Renda Consultoria gratuita para Declaração de Imposto de Renda
Nossa Região5 horas ago

Consultoria gratuita para Declaração de Imposto de Renda na região: saiba mais

No dia 26 de abril haverá consultoria gratuita para Declaração de Imposto de Renda na ETEC de Sumaré, das 19h30...

materiais didáticos materiais didáticos
São Paulo5 horas ago

Elaboração de materiais didáticos em escolas de SP com uso do ChatGPT causa preocupações

O governo do estado de São Paulo planeja utilizar inteligência artificial na criação de materiais didáticos. Contudo, segundo fala Ana...

Advertisement
cinema

Populares