Economia
Aumenta a procura por viagem por parte da Classe C
De junho a agosto de 2014 o aumento foi superior a 70%, na faixa de renda até 3 salários mínimos
A intenção de viagem das famílias da classe C aumentou nos últimos três meses segundo a sondagem de consumidor realizada pelo Ministério do Turismo/FGV. Na faixa de renda até R$ 2.100, o aumento chegou a 78% (passou de 7,3% para 13,1%) entre junho a agosto de 2014. Já na faixa salarial de até R$ 4.800 o aumento foi de 24,5% passando, de 15,5% para 19,3%, no mesmo período.
Embora a pesquisa trate de uma expectativa de viagens nos próximos meses, os dados ratificam o crescimento das viagens domésticas pelo Brasil, nos últimos anos, impactados pela melhoria de renda das famílias brasileiras. Só em 2013 foram realizadas 201,8 milhões de viagens pelo Brasil, contra 197 milhões do ano anterior.
Segundo o diretor do Departamento de Estudos e Pesquisas do Ministério do Turismo, José Francisco Lopes, há cinco anos, eram 38 milhões de brasileiros viajando pelo país e hoje eles chegam a 63 milhões. Ele lembra que esse crescimento de mais de 65% se deve principalmente à classe C. “O crédito fácil e a economia estável deram condições das classes mais baixas terem acesso as viagens”, explicou o diretor de pesquisas do MTur.
A facilidade de parcelamento, e o planejamento também são fatores que permitiram o acréscimo no número de viagens dos brasileiros. No site de uma agência de viagens do país, há opções de pacote parcelados em até 10 vezes. Uma viagem para Salvador, por exemplo, com cinco dias de pacote, pode ser comprado por R$ 95 a parcela. Já oito dias em Natal, sai por 10 x R$ 115.
O garçon Paulo Cesar viajou no mês passado, foi para a Serra da Mesa de jipe e para João Pessoa de avião. No total foram 12 dias viajando. “Os preços estão mais em conta e comprando com antecedência, pesquisando na internet, a gente consegue”, contou. A renda familiar do casal de aproximadamente 4 salários mínimos permite que eles planejem uma viagem anual. “Já estou pensando na próxima”, diz ele.
Para o IBGE, a classe C engloba as famílias com renda entre R$ 2,9 mil até R$ 7,2 mil e é nesta faixa que se encontram os clientes responsáveis por 20% das vendas de uma das maiores operadoras de turismo do país. O percentual é quase igual ao da classe A (renda superior a 20 salários mínimos) que é 23%.
Já segundo uma pesquisa do Sebrae, a classe C dá grande importância ao planejamento financeiro familiar para viajar. As decisões sobre o destino da viagem são tomadas em família e a compra de um pacote com agências representa segurança, devido a experiência dos agentes.
A pesquisa de sondagem de intenção de viagem do consumidor é realizada pelo Ministério do Turismo/FGV todos os meses, em sete capitais brasileiras e mede a vontade das pessoas em viajar nos próximos seis meses. Ao todo são feitas 2 mil entrevistas nas cidades de Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Carolina Valadares
Economia
Dólar ascende com inflação americana em foco
A economia global tem seus olhos voltados para os Estados Unidos, especialmente na véspera da revelação de novos dados sobre a inflação americana, um fator que conduziu à leve ascensão do dólar, encerrando o dia a R$ 5,16. Com a inflação dos EUA excedendo as expectativas no primeiro trimestre, crescem as incertezas quanto ao timing e magnitude dos cortes de juros. Este cenário de expectativa reflete diretamente no comportamento dos investidores, que optaram pela prudência, resultando em um fechamento sem vigor no Ibovespa, que terminou o dia no vermelho.
A atenção se intensifica com a proximidade da divulgação do índice PCE, que mede a inflação mensal, configurando-se como o dado mais aguardado da semana. Dependendo dos resultados, esse indicador poderá consolidar perspectivas tanto pessimistas quanto otimistas no mercado financeiro.
No cenário nacional, destaque para a Petrobras que, após aprovação do pagamento de metade dos dividendos extraordinários de 2021, viu suas ações subirem mais de 2%. A reeleição de Pietro Mendes para a presidência do Conselho da estatal também foi bem recebida pelo mercado.
Paralelamente, a reforma tributária brasileira promete alterações significativas, incluindo benefícios para o consumo de carnes nobres e incentivos fiscais para famílias de baixa renda, além de um sorteio que distribuirá prêmios milionários a quem solicitar a nova nota fiscal eletrônica, visando aumentar a formalização das vendas e, consequentemente, a arrecadação governamental.
Economia
Arrecadação Federal de março atinge nível recorde desde 2000
A arrecadação federal em março alcançou a cifra inédita de R$ 190,61 bilhões, conforme divulgado pelo Ministério da Fazenda. Este montante representa o maior total para o mês em mais de duas décadas, evidenciando um aumento de 7,22% em relação ao mesmo período do ano anterior. Tal crescimento sustentado mostra a robustez da coleta de impostos e contribuições no atual cenário econômico.
De acordo com matéria da Agência Brasil de Notícias, a arrecadação de janeiro a março somou R$ 657,76 bilhões, um incremento real de 8,36%. Este valor é fruto principalmente da reintrodução da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis e novas políticas tributárias envolvendo fundos de investimento, conforme estabelecido na recente legislação.
O desempenho destacado também inclui uma arrecadação significativa de PIS/Pasep e Cofins, que só em março foi de R$ 40,92 bilhões, marcando um aumento de 20,63%. Este resultado é atribuído ao crescimento nas vendas de combustíveis e ao aumento no volume de serviços e vendas no país, de acordo com dados do IBGE.
Além disso, a Receita Previdenciária e o Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos de capital também mostraram números expressivos. O IRRF, particularmente, teve um aumento de 40,44% no trimestre, impulsionado pela arrecadação proveniente de fundos de investimento.
Economia
Rendimento domiciliar cresceu no Brasil segundo IBGE: confira dados
O rendimento domiciliar, em relação à médio mensal per capita no Brasil atingiu o valor recorde de R$ 1.848 em 2023, de acordo com dados divulgados hoje (19), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse montante representa um aumento significativo de 11,5% em relação ao ano anterior, quando o valor médio era de R$ 1.658. Esse é o maior valor já registrado no país desde o início da série histórica.
Esses números foram revelados em uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que analisa o rendimento de todas as fontes de renda dos brasileiros. Isso inclui não apenas o dinheiro obtido por meio do trabalho, mas também aposentadorias, pensões, programas sociais, rendimentos de aplicações financeiras, aluguéis e bolsas de estudo, entre outros.
Mais detalhes sobre os dados de rendimento domiciliar no Brasil
Segundo o IBGE, em 2023, o Brasil tinha uma população de 215,6 milhões de habitantes, dos quais 140 milhões tinham algum tipo de rendimento. Isso representa 64,9% da população, a maior proporção já registrada desde o início da pesquisa em 2012.
Em comparação, em 2022, esse percentual era de 62,6%. Durante o auge da pandemia, em 2021, a proporção era de 59,8%, o mesmo nível registrado em 2012, quando a pesquisa teve início.
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