Economia
O preço de consumir.
Eis que nos deparamos com uma realidade no Brasil. Porque pagamos cada vez mais alto o PREÇO de consumir? Num país em aparente crescimento financeiro, com inclusões de classes baixas a um novo patamar e a manutenção de outras classes a pobreza absoluta, afinal há o crescimento, porém não há desenvolvimento, cria-se um ciclo mais amplo do ponto de vista do consumo, não se limita à apenas essa ou aquela classificação etária e sim um universo muito maior, desde um recém nascido com suas necessidades básicas, á um senhor de quase 80 anos com seus hábitos de ler e assistir filmes em Tablets, smartphones e afins.
Não vejo o capitalista, ou grandes empresários com seus incríveis poderes influenciadores, sejam eles, por monopólio de determinado produto, ou por influência midiática ou ações de marketing responsáveis pela precificação de bens e serviços que pagamos o chamado “alto preço”. De fato banal não é, consumimos em demasia e orçamentos de diversas famílias se tornam deficitárias em diversos lugares, transformando-os em famílias endividadas que impedem o desenvolvimento econômico do país. Classifico essa situação com duas vertentes a serem analisadas.
1º Para se explicar preço e suas volúpias o argumento principal é de uma sociedade sócio-econômica diversificada, em termos financeiros até com certa relevância em suas disparidades de classes sociais, mas o ponto principal é o fator educação. Ele define padrões, questões sociais, princípios éticos, etnias e claro, sua literal capacidade de gestão do seu consumo.
Baseado nesse argumento utiliza como parâmetros para se analisar determinados segmentos de consumo no país a questão das tendências e preferências destinadas a bens e serviços que literalmente definem um determinado bem, como útil ou indispensável no modo de entender do consumidor. Para que se tenha uma melhor análise da realidade dos preços de determinados bens, é necessário que entendamos a questão dos produtos “indispensáveis”, ou seja, indispensável para alguém, para uma sociedade, ou para simplesmente que eu mantenha em dia meus consumos tecnológicos, consumos de alto padrão ou de altos serviços?
2º Podemos ratificar a análise de propensão a consumir citado no parágrafo acima, com o seguinte exemplo: Carro próprio x Transporte público. No Brasil sempre questionamos a questão do preço do carro comparado com os de mesma marca vendido nos países vizinhos, veículos por menos da metade do preço na maioria das vezes. A análise que fazemos é sempre em relação à taxa de impostos. Mesmo assim nunca deixamos de adquirir outro, ou até mesmo o seu primeiro carro. Segundo dados da Revista Exame o Brasileiro gastou em 2013 R$ 277 bilhões com automóveis novos ou usados, peças, acessórios, serviços, manutenção e combustível. O valor está 6% acima do registrado em 2012. O segundo argumento para o atual quadro de consumo é em relação ao transporte público, com termos de “falta qualidade” e ou “falta meios de transporte” a sociedade se alto declara dependente do consumo do transporte próprio como o único meio e única solução, principalmente quando ligamos essa condição ao fator sócio-econômico. Como exemplo, se um médico formado numa Universidade Federal do Interior cheio de perspectivas vai a Capital exercer sua profissão, quando regressar a Cidade Natal, sofrerá claro, análises e curiosidades de vizinhos e parentes para “conferir” se por ventura obteve sucesso financeiro. Os mesmos usarão como parâmetro o veículo que o indivíduo utilizar, se não for um do ano, ou no mínimo com os devidos acessórios de conforto não será visto aparentemente como vencedor em termos financeiros na profissão. Naturalmente ligamos o meio de transporte á critérios de riqueza no Brasil, esquecendo que muitos podem obter qualquer veículo de diversos valores, em prestações que chegam a beirar uma década, pagando juros exorbitantes, sem literalmente possuir nenhuma fortuna. Quando extrapolamos essa situação pra outros setores, podemos utilizar o mesmo parâmetro. A sociedade através da utilidade que destina a diversos bens classifica e precifica muito de seus utensílios, fazendo com que o próprio mercado se auto-sustente, crie uma forma, e crie seus próprios preços, uma regra simples de oferta e demanda. A atenção e importância destinada a determinado setor, bem ou serviço, fará com que seu preço se transforme em algo não palpável a sua própria realidade.
Saliento que todo esse mercado nos propicia externalidades negativas no ponto de vista interpretativo da sociedade, não nos esqueçamos que a força pública é o único meio em que temos para nos respaldar e lutar por nossos direitos perante a classe dominante, se preferirem, os capitalistas. Não julgo aqui, questões éticas no ponto de vista político, tento sim criar novas formas de se interpretar questões econômicas que estão ligadas diretamente ao dia-a-dia de cada um, saber se enxergar em que ponto se encontra em determinada classe para que se permita criar uma análise mais crítica e entenda os baixos índices sócio-econômicos do país e te capacite em apontar e melhorar todos esses pontos.
Os preços não somos nós que colocamos na etiqueta, somente os valoramos com nossos hábitos.
Felipe de Oliveira José – Graduação Economia PUC-Campinas.
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Economia
Arrecadação Federal de março atinge nível recorde desde 2000
A arrecadação federal em março alcançou a cifra inédita de R$ 190,61 bilhões, conforme divulgado pelo Ministério da Fazenda. Este montante representa o maior total para o mês em mais de duas décadas, evidenciando um aumento de 7,22% em relação ao mesmo período do ano anterior. Tal crescimento sustentado mostra a robustez da coleta de impostos e contribuições no atual cenário econômico.
De acordo com matéria da Agência Brasil de Notícias, a arrecadação de janeiro a março somou R$ 657,76 bilhões, um incremento real de 8,36%. Este valor é fruto principalmente da reintrodução da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis e novas políticas tributárias envolvendo fundos de investimento, conforme estabelecido na recente legislação.
O desempenho destacado também inclui uma arrecadação significativa de PIS/Pasep e Cofins, que só em março foi de R$ 40,92 bilhões, marcando um aumento de 20,63%. Este resultado é atribuído ao crescimento nas vendas de combustíveis e ao aumento no volume de serviços e vendas no país, de acordo com dados do IBGE.
Além disso, a Receita Previdenciária e o Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos de capital também mostraram números expressivos. O IRRF, particularmente, teve um aumento de 40,44% no trimestre, impulsionado pela arrecadação proveniente de fundos de investimento.
Economia
Rendimento domiciliar cresceu no Brasil segundo IBGE: confira dados
O rendimento domiciliar, em relação à médio mensal per capita no Brasil atingiu o valor recorde de R$ 1.848 em 2023, de acordo com dados divulgados hoje (19), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse montante representa um aumento significativo de 11,5% em relação ao ano anterior, quando o valor médio era de R$ 1.658. Esse é o maior valor já registrado no país desde o início da série histórica.
Esses números foram revelados em uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que analisa o rendimento de todas as fontes de renda dos brasileiros. Isso inclui não apenas o dinheiro obtido por meio do trabalho, mas também aposentadorias, pensões, programas sociais, rendimentos de aplicações financeiras, aluguéis e bolsas de estudo, entre outros.
Mais detalhes sobre os dados de rendimento domiciliar no Brasil
Segundo o IBGE, em 2023, o Brasil tinha uma população de 215,6 milhões de habitantes, dos quais 140 milhões tinham algum tipo de rendimento. Isso representa 64,9% da população, a maior proporção já registrada desde o início da pesquisa em 2012.
Em comparação, em 2022, esse percentual era de 62,6%. Durante o auge da pandemia, em 2021, a proporção era de 59,8%, o mesmo nível registrado em 2012, quando a pesquisa teve início.
Economia
Bolsa de Valores Flutua Antes de Coletiva de Haddad e Campos Neto – Cobertura CNN Brasil
A bolsa de valores brasileira Ibovespa apresentou uma leve queda hoje, continuando uma tendência de baixa, apesar de altas modestas observadas em Nova Iorque. Enquanto isso, o dólar viu uma ascensão, sendo negociado a R$ 5,26. Este cenário ocorre em um momento de cautela entre investidores, aguardando a coletiva de imprensa com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Os setores de varejo e serviços foram os mais afetados, liderando as perdas na bolsa. Entre os destaques negativos estão a Locadora, que despencou mais de 4%, e nomes conhecidos como CVC Brasil, Casas Bahia e Lojas Henn. Estas movimentações do mercado são influenciadas também pela situação econômica nos Estados Unidos, especialmente as políticas de juros que são uma constante preocupação para o mercado financeiro global.
Além disso, os olhos também estão voltados para a China, após divulgação de dados econômicos que superaram as expectativas dos analistas. O PIB chinês do primeiro trimestre indicou uma economia que, apesar de desafios significativos no setor imobiliário, tem mostrado força na exportação e produção industrial devido à demanda externa.
Finalmente, uma nova regulação foi introduzida pelo Ministério da Fazenda sobre as apostas online. Segundo a normativa, não será mais permitido o uso de cartões de crédito para este tipo de transação, visando desencorajar o endividamento das famílias brasileiras. As apostas agora só podem ser realizadas por meio de PIX, TED, cartões de débito ou pré-pagos.
Para mais informações sobre as movimentações econômicas do dia e outras notícias, a CNN Brasil continua a oferecer cobertura completa em seus diversos canais de comunicação.
Esta análise é baseada nas informações fornecidas pela terceira edição do dia do CNN Mercado e outras fontes dentro do mesmo segmento.
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