Economia
Retomada das viagens e atividades turísticas são oportunidades para reativar economia
A retomada das viagens e da atividade turística será uma grande oportunidade para reativar a máquina econômica que movimenta mais de 10% do PIB de São Paulo e que foi duramente afetada em mais de seis meses de pandemia com a restrição aos hotéis, o cancelamento de voos e a paralisação de atrativos de lazer. Um estudo liderado pelo Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), da Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo, em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA), da Universidade de São Paulo, mapeou a poupança de viagem acumulada durante a pandemia que pode ser gasta no próprio estado nos próximos meses: R$ 13,1 bilhões.
Os economistas consideraram o valor da poupança reservada para viagens antes do início da pandemia (R$ 6,1 bilhões), acrescentaram os depósitos na poupança durante a quarentena mais R$ 4,4 bilhões, acumulada entre março e agosto desse ano, e incluíram um percentual chamado de “efeito de fidelização”, que é o valor que será gasto em viagens de retorno aos destinos paulistas durante o período de retomada (R$ 2,6 bilhões). “Os viajantes ainda estão inseguros para encarar destinos mais longínquos, com voos demorados e situações desconhecidas. São Paulo oferece inúmeras opções de viagens de proximidade, todas alinhadas aos protocolos de segurança, privilegiando o contato com a natureza e o distanciamento social”, afirma Vinicius Lummertz, secretário de Turismo do estado.
A análise também apontou que as viagens pelo estado durante a retomada poderiam recuperar os empregos perdidos desde o início da pandemia (138 mil) até o mês de novembro de 2021. Na distribuição ao longo dos próximos meses, seriam 71 mil empregos retomados até o fim desse ano, sendo 36,4 mil pelo movimento orgânico, natural, de retomada do turismo e outros 34,6 mil gerados por esta retenção de turistas que viajariam pelo Estado; e o restante no ano de 2021. “O potencial de recuperação de empregos tende a ser maior este ano por conta da demanda aprisionada. Ao longo do próximo ano, passam a ser incorporadas de forma orgânica com o retorno natural da confiança”, afirma o secretário.
Para manter em São Paulo o turista paulista, a Setur aposta em um amplo reforço de campanhas promocionais com foco no turismo de proximidade, que destaca os municípios localizados a distâncias de até 200 Km do viajante; além do estímulo a novos roteiros que privilegiem atividades ao ar livre e atrativos de natureza. De acordo com dados recentes divulgados pelo CIET, o retorno do turismo deve acontecer com viagens rodoviárias, por períodos curtos e destinos a até três horas de deslocamento. As três regiões turísticas que deverão se recuperar mais rápido são: Baixada Santista, Campinas/Circuito das Águas e Vale do Paraíba/Mantiqueira/Litoral Norte.
Economia
Dólar ascende com inflação americana em foco
A economia global tem seus olhos voltados para os Estados Unidos, especialmente na véspera da revelação de novos dados sobre a inflação americana, um fator que conduziu à leve ascensão do dólar, encerrando o dia a R$ 5,16. Com a inflação dos EUA excedendo as expectativas no primeiro trimestre, crescem as incertezas quanto ao timing e magnitude dos cortes de juros. Este cenário de expectativa reflete diretamente no comportamento dos investidores, que optaram pela prudência, resultando em um fechamento sem vigor no Ibovespa, que terminou o dia no vermelho.
A atenção se intensifica com a proximidade da divulgação do índice PCE, que mede a inflação mensal, configurando-se como o dado mais aguardado da semana. Dependendo dos resultados, esse indicador poderá consolidar perspectivas tanto pessimistas quanto otimistas no mercado financeiro.
No cenário nacional, destaque para a Petrobras que, após aprovação do pagamento de metade dos dividendos extraordinários de 2021, viu suas ações subirem mais de 2%. A reeleição de Pietro Mendes para a presidência do Conselho da estatal também foi bem recebida pelo mercado.
Paralelamente, a reforma tributária brasileira promete alterações significativas, incluindo benefícios para o consumo de carnes nobres e incentivos fiscais para famílias de baixa renda, além de um sorteio que distribuirá prêmios milionários a quem solicitar a nova nota fiscal eletrônica, visando aumentar a formalização das vendas e, consequentemente, a arrecadação governamental.
Economia
Arrecadação Federal de março atinge nível recorde desde 2000
A arrecadação federal em março alcançou a cifra inédita de R$ 190,61 bilhões, conforme divulgado pelo Ministério da Fazenda. Este montante representa o maior total para o mês em mais de duas décadas, evidenciando um aumento de 7,22% em relação ao mesmo período do ano anterior. Tal crescimento sustentado mostra a robustez da coleta de impostos e contribuições no atual cenário econômico.
De acordo com matéria da Agência Brasil de Notícias, a arrecadação de janeiro a março somou R$ 657,76 bilhões, um incremento real de 8,36%. Este valor é fruto principalmente da reintrodução da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis e novas políticas tributárias envolvendo fundos de investimento, conforme estabelecido na recente legislação.
O desempenho destacado também inclui uma arrecadação significativa de PIS/Pasep e Cofins, que só em março foi de R$ 40,92 bilhões, marcando um aumento de 20,63%. Este resultado é atribuído ao crescimento nas vendas de combustíveis e ao aumento no volume de serviços e vendas no país, de acordo com dados do IBGE.
Além disso, a Receita Previdenciária e o Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos de capital também mostraram números expressivos. O IRRF, particularmente, teve um aumento de 40,44% no trimestre, impulsionado pela arrecadação proveniente de fundos de investimento.
Economia
Rendimento domiciliar cresceu no Brasil segundo IBGE: confira dados
O rendimento domiciliar, em relação à médio mensal per capita no Brasil atingiu o valor recorde de R$ 1.848 em 2023, de acordo com dados divulgados hoje (19), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse montante representa um aumento significativo de 11,5% em relação ao ano anterior, quando o valor médio era de R$ 1.658. Esse é o maior valor já registrado no país desde o início da série histórica.
Esses números foram revelados em uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que analisa o rendimento de todas as fontes de renda dos brasileiros. Isso inclui não apenas o dinheiro obtido por meio do trabalho, mas também aposentadorias, pensões, programas sociais, rendimentos de aplicações financeiras, aluguéis e bolsas de estudo, entre outros.
Mais detalhes sobre os dados de rendimento domiciliar no Brasil
Segundo o IBGE, em 2023, o Brasil tinha uma população de 215,6 milhões de habitantes, dos quais 140 milhões tinham algum tipo de rendimento. Isso representa 64,9% da população, a maior proporção já registrada desde o início da pesquisa em 2012.
Em comparação, em 2022, esse percentual era de 62,6%. Durante o auge da pandemia, em 2021, a proporção era de 59,8%, o mesmo nível registrado em 2012, quando a pesquisa teve início.
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