Brasil
Na era do pré-sal, o Brasil está em apuros. Socorro!
Não foi mera coincidência. No fatídico dia 25 de outubro, por 251 votos a 233, a Câmara dos Deputados cometeu uma injustiça histórica e disse não à continuidade do processo de investigação por “organização criminosa” e “obstrução da Justiça” contra Michel Temer. Indiscutivelmente, mais um golpe consumado, que faz aumentar as feridas decorrentes do rompimento entre o mundo político e a sociedade brasileira, gerando um quadro de perplexidade, até mesmo entre analistas internacionais. A confirmar a tese, dois dias depois, a 27 de outubro, um leilão de oito áreas do pré-sal resultou na arrecadação de R$ 6 bilhões para os cofres da União, quando o valor estimado das reservas pelos especialistas é de pelo menos R$ 800 bilhões. É o típico leilão que se aproxima do tiro de misericórdia no chamado adeus à soberania brasileira, impulsionada há anos pela Petrobras, até então genuinamente nacional.
O escandaloso leilão, que na realidade deveria ser chamado de ato de entrega do patrimônio brasileiro para o capital estrangeiro, de fato desnudou a natureza do golpe do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O objetivo ficou claro como cristal. O que o grupo que tomou o poder, com Michel Temer, queria era desfazer qualquer barreira para que as grandes corporações assumissem de vez o controle do Brasil.
E isso vem sendo feito, meticulosamente. Primeiro veio com a reforma trabalhista, com a extinção de direitos conquistados com muita luta pelo povo brasileiro. O empregador passou a ter todo o poder, para fazer e desfazer com seus funcionários. E não parou mais.
Outras medidas em benefício do grande capital, nacional e internacional, vieram em seguida, como a anistia de dívidas de latifundiários e a extinção de reservas naturais, abertas para a exploração indiscriminada da mineração. Aliás, o projeto de um novo Código de Mineração também foi encaminhado ao Congresso, igualmente retirando muitas barreiras à livre exploração das riquezas naturais, com a atenuação, ou eliminação de muitas contrapartidas ambientais.
Mas a bala fatal, ainda estaria por vir. Antes, era preciso ratificar o golpe, eliminar qualquer dúvida quanto à permanência ou não, no poder, de Temer e de seu clube de amigos. E foi o que aconteceu com a vergonhosa votação de 25 de outubro, no Congresso, com a orientação e comando do Palácio do Planalto, a quem tudo pode com o beneplácito do Poder Judiciário.
Aí sim, golpe garantido, a joia da coroa, a cereja do bolo, com o leilão de oito áreas do pré-sal. Uma liminar ainda tentou impedir a tomada de assalto do patrimônio nacional, mas ele acabou acontecendo. Não satisfeitos, os grupos que venceram o leilão ainda terão R$ 20 bilhões de empréstimos, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para as megapetroleiras viabilizarem a retirada do petróleo de águas profundas. No final, a Petrobras e o Ministério das Minas e Energia comemoraram o que foi chamado de “estrondoso sucesso”. Quanto cinismo!
Desde que foi descoberto, o pré-sal sempre foi encarado, pelos governos petistas dos presidentes Lula e Dilma, como a garantia de um desenvolvimento nacional justo e soberano. O Brasil finalmente chegaria à sua independência, econômica e política, dos países que desde, séculos e séculos, o mantêm ou querem manter como colônia.
O Brasil encontraria, graças ao pré-sal, melhores condições de investir muito mais em saúde e na educação. Com os royalties, o Brasil faria avançar o maior instrumento de desenvolvimento de uma sociedade, que batizamos, em 2014, de Plano Nacional de Educação (PNE), planejado e pensado para se consolidar ao longo de 10 anos, portanto, monitorado até 2024.
Mas isto seria demais para o empresariado nacional, que vive associado aos grandes grupos econômicos estrangeiros, avessos ao ensino público e de qualidade. Eles não querem que o Brasil siga, por exemplo, o caminho trilhado pela Noruega, um país minúsculo em termos territoriais, mas que em função de suas reservas de petróleo, alcançou um nível de desenvolvimento incomparável.
A Noruega criou um Fundo Soberano, que passou a ser alimentado com o dinheiro arrecadado com as reservas de petróleo descobertas. Não por acaso, a Noruega é hoje um dos três países de maior índice de desenvolvimento humano, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), e tem altíssima qualidade de sistema educacional e de saúde, além de criminalidade e corrupção próximas de zero.
Mas os inimigos do Brasil não queriam de forma alguma que isso acontecesse com o nosso país. Eles temem um gigante como o Brasil, que tem 12% da água doce e a maior biodiversidade do planeta. Um player com esse perfil no cenário internacional é perigoso, pois pode se arvorar a ter um projeto próprio de desenvolvimento, em benefício de seu povo em primeiro lugar. Ele não pode sonhar em dar uma educação de excelência para suas crianças, não pode aspirar a ter ciência e tecnologia com altos investimentos.
No âmbito da Petrobras, especialmente entre os funcionários de carreira, com enorme capacidade intelectual para a análise estratégica e de mercado, prevalece o entendimento de que a postura do atual governo a respeito do pré-sal condenará o Brasil a um papel secundário no cenário global das próximas décadas.
Esta é a triste crônica do golpe do impeachment, esta é a anatomia do assalto ao poder. A entrega do pré-sal não deixa dúvidas. O Brasil precisa se levantar e logo, para impedir que em 2018 tenhamos o aprofundamento do golpe, que se daria com a anulação das eleições diretas ou com a manipulação para evitar a vitória líquida e certa de uma candidatura popular, identificada com os legítimos interesses dos brasileiros, e que com certeza, anularia todas essas medidas antipovo e antinação, que o governo Temer tem conduzido.
Unidos, em torno de um projeto de nação livre e independente, precisamos urgentemente vencer a tentação do desânimo. Alerta que faço questão de defender e compartilhar, a enfatizar a mais recente manifestação da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio de seu Conselho Permanente, reunido em Brasília, de 24 a 26 de outubro, para quem “só uma reação do povo, consciente e organizado, no exercício de sua cidadania, é capaz de purificar a política, banindo de seu meio aqueles que seguem o caminho da corrupção e do desprezo pelo bem comum”.
Porque um governo que entrega o Brasil é um governo que destrói o nosso futuro. Como reconhecem os maiores especialistas brasileiros da era do pré-sal, “as nações hegemônicas sabem que petróleo e gás natural permanecerão a principal fonte de energia para a humanidade ao longo do século 21”.
Se a energia significa soberania nacional, todas essas empresas, as gigantes da exploração do petróleo, vão ajudar a fortalecer o poder geopolítico mundial das nações que elas representam, especialmente, pela pujança financeira e domínio de tecnologia.
Com esse leilão, descaradamente, o Brasil se compara ao Iraque. Na visão deles, acostumados a ver o Brasil colônia, o alvo, definitivamente, é o pré-sal brasileiro! É tudo ou nada! Já alcançaram o tudo, graças à falta de compromisso social e educacional, cultural e científico do governo Temer.
É hora de darmos um basta a esse sistema que privilegia interesses particulares em prejuízo dos interesses nacionais, da nossa gente e do nosso futuro.
Esse momento grave da trajetória brasileira carrega outra marca constrangedora do ponto de vista da história mundial: é um fato inédito, no globo, um país abrir mão da administração de suas próprias reservas e riquezas. Será essa a missão cumprida de um governo cuja aprovação se aproxima de zero? É próprio do caráter de um governo covarde e entreguista, desumano e explorador, realmente comandado diretamente do exterior.
O Brasil está em apuros na era do pré-sal. Socorro!
Ana Perugini é deputada federal pelo PT de São Paulo e integrante da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.
Brasil
Investimentos da Embraer Impulsionam Aviação Brasileira
Durante sua visita ao hangar da Embraer em São José dos Campos, nesta sexta-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva testemunhou a entrega de um jato comercial modelo 195-E2 à Azul Linhas Aéreas. A ocasião também marcou o anúncio de investimentos substanciais pela Embraer, totalizando R$ 2 bilhões, destinados a fortalecer a capacidade produtiva e a geração de empregos na indústria aeronáutica nacional.
A Embraer, reconhecida globalmente como a terceira maior fabricante de jatos comerciais, continua a expandir sua presença mundial, empregando cerca de 19 mil pessoas. Francisco Gomes Neto, presidente da empresa, destacou a criação de mais de 900 empregos diretos e a contratação de 1,5 mil novos funcionários, recuperando os níveis de emprego pré-pandemia.
Lula aproveitou a visita para enfatizar o papel histórico e inspirador da Embraer e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) no desenvolvimento aeroespacial do Brasil. Ele ressaltou que grandes realizações são frutos da coragem e da visão ampla, exemplificadas por figuras como Ozíres Silva e o brigadeiro Montenegro, fundadores da Embraer e do ITA, respectivamente.
A expansão do mercado interno foi também tema central nas declarações de John Rodgerson, CEO da Azul Linhas Aéreas, que anunciou a aquisição de 13 novos jatos da Embraer. Essa expansão visa principalmente fortalecer a aviação regional, setor no qual a Azul é líder.
Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, e Fernando Haddad, ministro da Fazenda, também comentaram sobre o potencial de crescimento do setor aéreo brasileiro e os impactos positivos esperados da reforma tributária para a aviação regional. Ambos destacaram a necessidade de aumentar a participação da Embraer no mercado aeronáutico nacional e global.
A agenda do presidente Lula continuou com visitas a outras instituições e eventos significativos, sublinhando seu compromisso com o desenvolvimento tecnológico e industrial do país.
Com informações da Agência Gov.
Brasil
Sorteio da Mega-Sena 2718 acontece hoje com prêmio de R$ 3 milhões
Após uma aposta de Campinas ganhar sozinha o prêmio de R$ 5 milhões, a Mega-Sena sorteará, na noite deste sábado (27), um prêmio de R$ 3 milhões no concurso 2718.
O sorteio ocorrerá às 20h no Espaço da Sorte, com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube da Caixa.
Para concorrer aos prêmios, é possível realizar suas apostas até às 19h, em qualquer casa lotérica ou pelo site Loterias Caixa. A aposta mínima custa R$ 5.
Brasil
Cantor do Grupo Molejo morre após luta contra o câncer
Anderson Leonardo, cantor do grupo Molejo, faleceu hoje (26), aos 51 anos de idade. Ele lutava contra um câncer na região da virilha desde 2022 e estava internado há alguns dias, com agravamento de seu quadro de saúde.
A triste notícia foi confirmada pela assessoria do artista para esta coluna, após Anderson ter passado pelo hospital diversas vezes, devido a complicações relacionadas à doença.
Houve piora em seu quadro ontem (25), onde foi levando de volta à UTI. Embora tenha apresentado sinais de melhora, ele foi sedado pouco depois. Além do câncer, o músico também enfrentava um episódio de insuficiência renal.
Deixa quatro filho e a esposa, Paula Cardoso.
Nota referente ao cantor do grupo Molejo no Instagram
Em nota pelo Instagram o grupo comenta:
“Nosso guerreiro ANDERSON LEONARDO lutou bravamente, mas infelizmente foi vencido pelo câncer, mas será sempre lembrado por toda família, amigos e sua imensa legião de fãs, por sua genialidade, força e pelo amor aos palcos e ao MOLEJO. Sua presença e alegria era uma luz que iluminava a vida de todos ao seu redor, e sua falta será profundamente sentida e jamais esquecida, nós te amamos”.
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