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A Maldição da Chorona (2,0)

Para quem não sabe, A Maldição da Chorona está no mesmo universo de Annabelle e A Freira e é produzido pelo atual midas de Hollywood, James Wan. Este apanhado de histórias de fantasmas que começou tão bem com Invocação do Mal foi perdendo a força e hoje em dia serve apenas para assustar a molecada mais nova. E existem outras duas coisas bastante pertinentes a se comentar:

1- quem dá créditos para um projeto com este título?

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2- como confiar seu precioso dinheiro numa franquia tão oscilante e repetitiva quanto esta?

Dirigido pelo desconhecido Michael Chaves e tirado de uma famosa lenda mexicana (depois de usarem os fantasmas orientais a exaustão) o roteiro tem dois detalhes pertinentes que são o pouco tempo de filme – apenas 93 minutos que parecem cinco horas, tamanha a falta de inventividade – e a naturalidade com que Raymond Cruz (o Taco de Breaking Bad) trata seu personagem, utilizando da galhofa e do terrir para injetar humor em determinados momentos.

Daí em diante é uma salada de escolhas equivocadas que vão desde as escolhas estúpidas dos personagens até chegar nos efeitos especiais, fazendo com que os poucos sustos que poderiam ser realmente interessantes passem despercebidos. Aliás, falando nos sustos, há uma quantidade tão absurda de jump scares que me peguei tentando entender quais seriam as reais intenções dos envolvidos, pois não parece dialogar nem com os fãs mais antigos do gênero e muito menos com esta nova geração. Ou será que estou enganado?

Outras das inúmeras escolhas erradas em A Maldição da Chorona é o design do tal fantasma (algo que ao menos Annabelle e A Freira tinham a seu favor). Por fim, é fato afirmar que ainda iremos aturar muitos spin-offs como este, já que a arrecadação na semana de abertura chegou próximo dos 30 milhões de dólares nos Estados Unidos. E já que não tem pra onde correr, só nos resta esperar Invocação do Mal 3.

Por Éder de Oliveira Jornalista e criador do site www.cinemaepipoca.com.br

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