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Crítica: MALÉVOLA

Hollywood é um local lotado de padrões e conceitos muito bem pré-estabelecidos e tudo isso se intensifica ainda mais quando esses ‘padrões’ se convertem em belos lucros para as produtoras. Foi assim com os filmes de super-heróis, com os torture porns e agora com essas releituras dos contos de fadas.

malevola

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Outra ponto interessante – e por vezes irritante – de se notar é essa ‘humanização’ dos vilões. Leatherface em ‘O Massacre da Serra Elétrica 3D’ é um forte exemplo disso, mas Malévola, no filme que leva seu nome, não fica nem um pouco atrás. E cá entre nós, desde que Angelina Jolie se tornou o exemplo de mãe perfeita para o mundo, jamais ela aceitaria algo que não enaltecesse sua persona bondosa e lotada de ternura.

O diretor Robert Stromberg, em seu primeiro trabalho de destaque, expõe a força da figura feminina em praticamente todas as cenas – tanto com a graciosa Elle Fanning quanto com a temida Jolie –, relegando aos homens o papel de coadjuvantes que lutam por uma causa já perdida. Se acerta neste ponto, erra ao jogar efeitos especiais aos montes e recriar planos inteiros, dentre eles batalhas e paisagens, com tais ferramentas.

Desde muito pequena, Malévola se transforma na protetora de um belíssimo reino, até conhecer Stefan e apaixonar-se por ele. O romance deles vai bem até Stefan abandoná-la para seguir seus sonhos de se tornar rei. Depois de um episódio que mudará para sempre a vida dos dois, ela transforma-se num ser vingativo e lotado de rancor. Ao seqüestrar Aurora, a filha de Stefan, ela joga um feitiço quase irreversível e que poderá fazer a jovem adormecer para todo o sempre.

A responsável pelo roteiro, Linda Woolverton, já está acostumada com o gênero – foi ela a responsável por ‘A Bela e a Fera’, ‘Alice no País das Maravilhas’ e outros –, mas ainda assim se atropela no segundo e terceiro atos, colocando personagens que entram e saem da trama sem muita explicação e criando situações um tanto absurdas. Se comparado com ‘A Garota da Capa Vermelha’ ou ‘Jack – O Caçador de Gigantes’, ‘Malévola’ é uma obra acima da média, mas o público ainda precisa de algo muito melhor.

Cinema de Hortolândia: MALÉVOLA – Sala 5: 18:55, 21:45

Por: Eder de Oliveira
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