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PIXELS

Antes da estreia de ‘Pixels’, vi o trailer do filme, pelo menos, uma dúzia de vezes e assim como em ‘O Exterminador do Futuro – Gênesis‘, os produtores entregaram as melhores cenas ali, deixando o espectador apenas com um sorriso amarelo e não dando a possibilidade de me surpreender com o produto que estava em minha frente.

Uma pena também notar que Adam Sandler e Kevin James se acham muito mais engraçados do que realmente são e isso inunda o projeto com diálogos horrorosos e situações deprimentes – nenhuma interação entre eles se salva. O grande trunfo por aqui são os vilões, servindo como uma grandiosa homenagem nostálgica para os gamers na faixa dos 30 anos.

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O roteiro, escrito a seis mãos, não tem pé nem cabeça e coloca uma desculpa qualquer para os alienígenas tentarem invadir e dominar a Terra e Chris Columbus, que já foi um diretor divertidíssimo nos anos 80, hoje é apenas um fantoche de produtores como Adam Sandler, que têm o ego tão grandioso quanto sua falta de talento.

Nos anos 80, os Estados Unidos enviaram imagens de clássicos como Pacman, Space Invaders e outros para o espaço, para tentarem fazer contato com vida inteligente e mostrar nossa cultura. A mensagem foi entendida como uma declaração de guerra. O presidente resolve chamar Sam Brenner, Eddie Plant e Ludlow Lamonsoff, campeões de competições dos anos 80 para derrotarem os alienígenas.

‘Pixels’ é outra prova de que a cultura nerd está em alta, o problema é saber nas mãos de quem estes produtos irão cair. Para um melhor aproveitamento, veja em 3D, pois a imersão aumenta e esqueça o protagonista e tente lembrar de todas as referências de games antigos que trouxeram para o filme, tenho certeza que isso irá te distrair muito mais.

Éder de Oliveira
www.cinemaepipoca.info

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