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Ao fazer 11 anos, meta do Banco de Alimentos é aumentar arrecadação

 

Mais de 40 mil pessoas beneficiadas, quase 3,5 mil toneladas de alimentos doados em uma década, uma média de 352 toneladas de mantimentos arrecadadas por ano. Ao completar 11 anos de funcionamento, o Banco de Alimentos de Hortolândia tem expressivos números a apresentar à comunidade e um apelo: aumentar a meta de arrecadação para atender um número ainda maior de pessoas em vulnerabilidade social, no município. O objetivo é coletar, em 2018, 450 toneladas de alimentos. Em 2017, a coleta ficou em 300 toneladas/ano. O balanço foi apresentado, na tarde desta sexta-feira (27/04), durante cerimônia, no Parque Odimar. 

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Cerca de 100 pessoas participaram do evento, dentre elas os secretários Fernando Moraes (Educação, Ciência e Tecnologia) e Régis Athanázio Bueno (Inclusão e Desenvolvimento Social); o presidente do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, Édson Efraim; o vereador Ulisses Gomes, de Sumaré; vereadores de Hortolândia e representantes das 31 entidades cadastradas. Logo na abertura do evento, o tom festivo ficou por conta da apresentação das 30 crianças do Coral do “Núcleo Vinde A Mim”, vinculado à ADRA (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais), e do grupo Vibrasax, que percorreu o salão, tocando o tradicional “Parabéns para você”. O grupo integra a Escola de Música da Secretaria de Cultura, Esportes e Lazer.

 

Ao se referir à trajetória longeva do programa, iniciado em 2007, em sua segunda gestão no município, Perugini homenageou todos os que no País e em Hortolândia lutam para que os mais pobres tenham garantidos seus direitos básicos. “Precisamos nos lembrar de quem, ao longo desse tempo, já defendia que o povo tem o direito de comer três vezes por dia. O Brasil hoje poderia estar em outro patamar, além do básico, de considerar o ser humano como ser humano”, afirmou. Em analogia ao que fez Jesus, no episódio bíblico da multiplicação dos pães, Perugini parabenizou às entidades e a toda equipe do Banco de Alimentos, que mesmo sem recursos próprios, mantêm ativa a chama da solidariedade, multiplicando os “pães” conseguidos por meio de doação. 

“Temos lutado e tido vitórias, nestes 11 anos. Temos caminhado juntos boa parte desse tempo. Não estamos sós. O Conselho representa cada uma das entidades que busca levar um pouco da alento aos assistidos por este programa”, destacou o presidente do Conselho de Segurança Alimentar, Édson Efraim.

O secretário de Educação, Ciência e Tecnologia, Fernando Moraes, relembrou que, logo após a criação do Banco de Alimentos, foi criado também, nove anos atrás, o Departamento de Segurança Alimentar, na Secretaria Municipal de Inclusão e Desenvolvimento Social. Hoje, para fortalecer as políticas públicas na área, o programa e o Departamento estão vinculados à Secretaria de Educação. “A merenda escolar é o maior programa de segurança alimentar do município. Algumas das entidades assistidas acolhem nossos alunos da rede municipal em contra turno”, destaca Moares.

“O alimento é um direito do ser humano. Comer – e não só comer bem – não pode  ser uma escolha. É um direito humano”, afirma a diretora de Segurança Alimentar, Alessandra Sarto, lembrando que, para as famílias assistidas, o auxílio prestado pelo Banco de Alimentos representa também a possibilidade de atenderem outras necessidades essenciais. O que é doado não representa a totalidade que estas pessoas precisam para se alimentar no mês, mas complementa as refeições básicas, permitindo que os beneficiados destinem recursos para outras ações importantes, tais como pagar contas de luz ou de água, comprar medicamentos, dentre outros. 

“É uma política emancipatória. Temos 28 mil pessoas atingidas por formações e orientações sobre alimentação saudável. Queremos que as pessoas saiam desta condição e se emancipem. Para isso, temos alguns desafios neste ano. Ainda não temos empresas fidelizadas que façam doações regulares e ainda é pouco o número de pessoas que atingimos”, complementa Alessandra.

Para César Dias da Silva, representante do projeto Crescer, que atende cerca de 50 famílias na região da Vila Guedes, a parceria com o Banco de Alimentos é essencial para a entidade. “Representa a luz no fim do túnel. Faz bastante diferença, porque beneficia famílias muito necessitadas, sem alimento, com pais drogados, alcoolizados e pessoas com deficiência”, afirma.

Campanha permanente de doação

Criado em 2007, por meio de convênio firmado com o então Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o Banco de Alimentos de Hortolândia – programa de Segurança Alimentar ajuda famílias em situação de vulnerabilidade social a complementar as refeições básicas diárias, por meio da doação de alimentos não perecíveis, verduras, frutas e legumes, beneficiando diretamente 3.500 pessoas de diferentes faixas etárias (crianças, jovens, adultos e idosos).

Segundo Alessandra Sarto, o objetivo agora é aumentar a arrecadação de 300 toneladas para 450 toneladas, neste ano. Para tanto, o Banco de Alimentos está aberto a doações da população e também de empresas. O programa recebe desde os alimentos básicos na culinária brasileira, como arroz, feijão, farinha de mandioca, macarrão, açúcar, óleo, leite em pó e outros itens não-perecíveis, como também frutas, verduras, legumes, pães, desde que estejam aptos ao consumo. Interessados em ajudar, sejam pessoas físicas, sejam pessoas jurídicas, podem procurar a sede do programa, na Rua Maria Catarina de Vasconcelos Pinheiro, 65, no Parque Odimar, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Dúvidas podem ser esclarecidas pelos telefones 3845-6630 e 3845-4920. 

Entre os desafios estão também captar novos doadores, criar um PAA (Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar) municipal, aderir à rede brasileira de bancos de alimentos, executar o convênio de modernização e criar o CREAN (Centro de Referência em Educação Alimentar e Nutricional).

Todos os alimentos repassados às entidades são obtidos via doação de empresas, pessoas físicas e com recursos do PAA , do Ministério do Desenvolvimento Social. No ano passado, o Banco arrecadou 300 toneladas de alimentos. 

O Banco de Alimentos em números, de 2006 a 2017:

 

Este artigo foi enviado pela Prefeitura de Hortolandia

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