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Dia Mundial sem carro reforça os impactos positivos do uso da bicicleta

Trocar o carro pela bicicleta é uma alternativa que beneficia tanto a saúde dos ciclistas quanto o planeta, considerando que, de acordo com a pesquisa, realizada pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) em parceria com o Itaú, 3% de viagens com bicicleta já deixam de emitir 1% de dióxido de carbono (CO²) na atmosfera.

É para esse impacto que o Dia Mundial sem Carro, celebrado em 22 de setembro, busca chamar atenção. Criada em 1997 na França, a data foi adotada por milhares de países que realizam atividades que podem durar até uma semana com o objetivo de mostrar à população os efeitos nocivos que gases emitidos pelos veículos têm no meio ambiente.

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Além disso, as inúmeras ‘bicicletadas’, como ficaram conhecidas as mobilizações que acontecem neste dia mundo afora, também têm o objetivo de evidenciar a dependência daqueles que utilizam o carro como meio de transporte todos os dias, mesmo para percorrer curtas distâncias.

Nos últimos anos, diversas cidades do país têm experimentado um aumento do debate sobre o uso das bicicletas e seus impactos no meio ambiente, na saúde e na economia, sobretudo considerando o esforço global para redução dos gases de efeito estufa.

Segundo Valter Barros, Cicloativista Hortolandense, membro da UCB/DF (União dos Ciclistas do Brasil), as bicicletas estão se tornando assunto em debates políticos e de mobilidade urbana. “Hoje as cidades mais bem colocadas no ranking de IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) realizaram algum tipo de investimento no sistema cicloviário, a cultura da bike veio para ficar, especialmente no pós-pandemia; um sistema cicloviário decente, viável e sustentável é sinônimo de qualidade de vida e saúde, todo candidato a gestor público deve ter consciência disso”. Explica Barros.

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Barros ainda cita as dificuldades na implantação do sistema cicloviario no município de Hortolândia. “Somos privilegiados em ter uma cidade 100% ciclavel, nossa geografia contribui muito para isso, precisamos de vontade política e coragem para implantar o sistema e interligar com os demais modais; temos acompanhado algumas iniciativas, mas ainda são muito tímidas diante do grande desafio que temos, nosso sonho é ser referência na RMC em qualidade de vida”.

Barros também reforça que é essencial à parceria do governo municipal com as empresas privadas e grupos organizados de ciclismo para fortalecer a agenda da bicicleta, pois “uma vez que existe um diálogo consistente a cultura da bike ganha força e os demais setores da sociedade passam a se mobilizar ou fortalecer a mobilização, em outras vertentes, reforça a importância do investimento social privado em produção de conhecimento e apoio a projetos educacionais, culturais e de conscientização sobre a bicicleta”.

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