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Estudantes municipais participam pela 1a vez da Mostra Brasileira de Foguetes

 

Pela primeira vez, estudantes do Ensino Fundamental, da rede municipal de Hortolândia, participam da 13a. Mobfog (Mostra Brasileira de Foguetes), iniciativa coordenada pelo Prof. Dr. João Batista Garcia Canalle, do Instituto de Física da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), que reúne, em torno do tema, professores e alunos de escolas públicas e particulares em todo o Brasil e também promove a OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica). Esta segunda-feira (13/05) foi dia de testes para os dois grupos inscritos na Mobfog, sob a supervisão da professora de Ciências, Maria Victória Baptista Palmero: colocar o foguete no ar. Na próxima sexta-feira (17/05), o desafio é participar da prova teórica da OBA.

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No Jd. Novo Horizonte, por volta das 11h30, alunos da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Taquara Branca “Agenor Miranda da Silva” testaram, na área externa, localizada ao lado da quadra, os protótipos construídos em sala. O grupo de jovens, entre 12 e 13 anos, cursa o 8o ano do Ensino Fundamental. No final da tarde, no campo municipal do Remanso Campineiro, foi a vez dos participantes da EJA (Educação de Jovens e Adultos) da Emef Nicolas Tiago dos Santos Lofrani, do Jd. Sumarezinho, lançarem seus foguetes. Mais experientes, os participantes, com idades entre 16 e 60 anos de idade, têm entre os integrantes alunos com experiência em marcenaria e ferramentaria.

Os modelos são movidos a água e ar comprimido e feitos com material plástico – corpo de garrafa PET, aletas de pastas plásticas e bexigas. “A construção da base de lançamento, que é o principal, requer bastante material, canos, conexões, válvulas, presilhas, abraçadeiras, barbante, bombinha para pneu de bicicleta, dentre outros. Quando a professora Victória nos apresentou a proposta do foguete, a escola abraçou o projeto. Adquirimos os materiais; outros conseguimos por meio de doação com a comunidade escolar e de empresas parceiras”, comenta a diretora da Emef Taquara Branca, Juliana Petrini. O projeto teve o apoio de toda a equipe gestora, que inclui a vice-diretora, Renata Silva de Paula e a coordenadora Raquel Soares Guttierrez. 

Para atender os objetivos da Mobfog, de construir foguetes que respondam ao lançamento, a professora propôs aos alunos a aplicação prática de conhecimentos teóricos em diversas áreas das ciências, como matemática e física. A cada etapa, era preciso encontrar respostas que solucionassem os problemas formulados em questões pontuais: “Por que o ângulo de 45 graus de base é o ideal para o lançamento? Como o foguete, na distribuição da aletas (as asas laterias), dá direcionamento e orientação? Quanto ao formato, o que faz com que o protótipo quebre a resistência do ar e atinja grandes distâncias?”, questionava a professora. “Fizemos por tentativa e erro, mudando materiais, quando necessário. No caso das aletas, testamos pasta plástica e papelão e vimos que o plástico, por ser mais leve, dava boa orientação. No caso do ângulo, nossos alunos da EJA, por alguns serem marceneiros e ferramenteiros, já sabiam que o ideal era o de 45 graus, mas não conseguiam responder porquê. Eles tinham o saber prático e aprenderam a teoria por trás. No projeto, aprendemos que este ângulo é o ideal porque permite ao foguete alcançar maior distância. Este era o nosso desafio e não fazer o que sobe mais alto”, afirma Victória.

Nos testes pela manhã, houve tentativas frustradas, mas também bem-sucedidas. Numa delas, o foguete alcançou 10 metros de distância; noutras, 39 e 45 metros. Para alegria dos jovens projetistas, que acompanhavam de perto cada etapa.

“Aprendi como montar a base para o foguete, como soltar, como colocar pressão. É preciso usar matemática para calcular os lados da base e a física para traçar o percurso. É legal participar deste concurso. É um desafio”, afirma Yasmin Novais Vieira, de 13 anos, estudante da Emef Taquara Branca. “Eu também gostei. É muito interessante. Um foguete feito com garra Pet, de materiais fáceis de arrumar. E surpreendeu quando voou. É porque calculamos as medidas certas. Se fossem erradas, ele ia para qualquer lado, o percurso alteraria e a velocidade ficaria diferente. Aprendi sobre ciências na pressurização e também sobre ecologia, porque usamos materiais recicláveis. Foi muito bom e divertido”, comenta o colega de sala Nicolas da Silva, também de 13 anos.

Segundo o site oficial da OBA/Mobfog, a 20a. Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, realizada em 19 de maio de 2017, mobilizou 661.359 participantes, em 7.294 escolas brasileiras.

Este artigo foi enviado pela Prefeitura de Hortolandia

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