Anúncio foi feito pelo prefeito Angelo Perugini durante abertura da exposição fotográfica em comemoração aos cem anos da Estação

A Vila São Francisco receberá investimentos da Prefeitura de Hortolândia em revitalização e será transformada no centro histórico da cidade. O anúncio foi feito, no sábado (1º de abril), pelo prefeito Angelo Perugini, durante o lançamento da exposição fotográfica “Cem anos de história nos trilhos da Estação Jacuba”, em comemoração ao centenário da Estação, que está localizada neste bairro, na região central. A mostra fotográfica pode ser visitada no Centro de Memória “Professor Leovigildo Duarte Junior”, de terça à sexta-feira, das 9h às 16h45. O Centro de Memória está instalado no prédio da antiga Estação Ferroviária Jacuba, na rua Rosa Maestrello, nº 2.

Entre os investimentos da Prefeitura para a região, está a pavimentação da rua Rosa Maestrello, proporcionando ligação viária até a rua Oreste Denadai, no Jardim das Paineiras, atrás do Supermercado São Vicente, próximo ao Shopping Hortolândia. “Vamos fazer esta rua chegar até o Viaduto 17 de Abril, ampliando o viário de aceso ao futuro centro histórico. Também construiremos uma passarela para pedestres, interligando o pátio do Centro de Memórias ao parque Renato Dobelin”, destacou o prefeito. O calçamento de paralelepípedos no pátio do Centro de Memória também será ampliado.

Outro importante investimento previsto para que a região da Vila São Francisco seja transformada no centro histórico do município é a reforma do prédio do antigo Centro de Saúde da Vila Real. No local, funcionará o “Conservatório da Viola”, uma escola de música especializada neste instrumento. “Já estamos trabalhando no projeto executivo e, para o próximo ano, iniciaremos a reforma”, afirmou o secretário de Cultura, Esportes e Lazer, Francisco Raimundo da Silva.

A instalação de paralelepípedos no pátio do Centro de Memória, primeira etapa já finalizada, faz parte do projeto de recuperação histórica do prédio onde funcionava a antiga estação ferroviária de Hortolândia, desativada desde a década de 1990. A recuperação teve início em 2011, no governo do prefeito Angelo Perugini, quando o município conquistou a posse definitiva do espaço. Desde então, a fachada e as instalações internas do prédio já foram reformadas e o local recebeu o acervo histórico do município, com fotos, objetos e documentos antigos, compondo o Centro de Memória.

Exposição fotográfica

Mais de 500 pessoas conferiram, neste final de semana, a exposição “Cem anos de história nos trilhos da Estação Jacuba”, que foi aberta durante o evento em comemoração pelo centenário da Estação Jacuba, neste sábado. A mostra permanecerá por tempo indeterminado no Centro de Memória, com visitação de terça à sexta-feira, das 9h às 16h45, e todo último final de semana de cada mês, das 9h às 16h.

“A festa pelo centenário da Estação e esta exposição vieram relembrar na nossa memória a origem da nossa cidade. O sentido deste evento não é a chegada aos 100 anos, mas, sim, nossa vontade de ir adiante, de avançar ainda mais. A lembrança é o resgate do nosso ânimo, pois quando olhamos as dificuldades que as antigas famílias enfrentaram ao chegar aqui, nos motivamos a seguir adiante e trabalhar por um futuro, com esperança”, observou Perugini.

Durante o evento de abertura da exposição, um casal de atores, vestidos com roupas da década de 1920, encenaram a chegada das famílias ao povoado de Jacuba. Num painel montado no pátio do Centro de Memória, os visitantes da exposição podiam fazer fotos com os personagens e levar para casa uma recordação do centenário.

“Esta exposição não só comemora o centenário, como eterniza este momento. Os cidadãos que aqui chegaram e construíram nossa cidade foram os protagonistas desta história, que hoje nós temos a missão de continuar”, destacou o secretário de Cultura. Silva mencionou, ainda, que este evento inaugura a galeria permanente de fotos dos ex-presidentes da Câmara Municipal de Hortolândia, acervo que passa a fazer parte do Centro de Memória.

A aposentada Vera Lúcia Almeida Silva, de 62 anos, moradora do Jardim Amanda, visitou a exposição e elogiou o trabalho de resgate histórico. “Trouxe meus parentes de Campinas para ver comigo as fotos expostas. Gosto muito de relembrar o passado, essa época gostosa em que os trens ainda circulavam. Está tudo muito bonito e recomendo para quem ainda não viu, vir conferir as fotos”, disse.

O acervo da exposição é composto por fotos antigas cedidas por moradores, arquivos de museus da região, além de imagens do próprio Centro de Memória. Entre as fotos exibidas, a mais antiga retrata trabalhadores nos trilhos da ferrovia em frente à Estação, possivelmente em 1916. A imagem faz parte do Álbum Ilustrado da Companhia Paulista de Estrada de Ferro, que teve seu único exemplar publicado em 1918.

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