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Penitenciária Campinas/Hortolândia tem visitas suspensas

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Os presos da Penitenciária 3, unidade que integra o Complexo Penitenciário Campinas/Hortolândia, estão com as visitas suspensas desde o dia 1º de janeiro por agredir um funcionário do estabelecimento prisional. Segundo a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), a visitação foi proibida por cautela, para averiguação dos fatos. Mães de presidiários, entretanto, denunciaram ao LIBERAL que a comida e a água dos detentos também chegaram a ser cortadas, como forma de punição. A unidade tem capacidade para abrigar 500 presos, mas 1.614 homens dividem espaço atualmente.

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A SAP informou que as visitas foram suspensas nos fins de semana dos dias 4 e 5 e dos dias 12 e 13 de janeiro, por conta de uma agressão ocorrida no dia 1º do mês. “A medida foi tomada para preservar a segurança de funcionários, presos e visitantes”, comunicou a pasta. “As visitas serão retomadas no próximo final de semana se tudo continuar dentro da normalidade”, finalizou. Duas mães de presos ouvidas pela reportagem afirmaram que, além de as visitas terem sido proibidas, a comida e a água dos filhos também foram cortadas por quatro dias, e que os policiais estariam praticando agressões contra os detentos. As mulheres, que pediram para não ser identificadas, disseram que a medida foi tomada como forma de “castigo” aos presidiários.

“Eles ficaram de terça até sábado (da semana passada) sem água, sem banho, sem comida, sem nada. Tem um bocado de mães e mulheres que foi lá pra frente para protestar”, disse uma delas. De acordo com ela, houve uma manifestação no sábado e os familiares só deixaram o local quando souberam que a suposta punição havia terminado. Outra mãe ouvida pela reportagem relatou que, durante as revistas policiais, os presos também estariam sendo castigados pela insubordinação. “Quando eles (policiais) entram lá para fazer revista, eles judiam: quebram ventilador, quebram as coisas, jogam comida fora. Além disso, eles põe cachorros para intimidar os coitados”, comentou. Segundo a mulher, a proibição das visitas também foi uma forma de castigo, pois são os visitantes quem levam comida e bebida para os detentos. “Eles querem castigar dessa forma: não deixando entrar nada. Tem plantão que os policias deixam entrar comida e refrigerante. Mas tem plantão que eles fazem você jogar tudo fora antes”, afirmou.

Em nota, a SAP afirmou que a informação de que os presos ficaram sem água e sem comida não procede. “Todos os direitos dos presos, como a entrega de água, alimentação, materiais de higiene, atendimento de saúde, entrevistas com advogados, entrega de Sedex, etc. estão sendo preservados”, comunicou a pasta.

Fonte: O Liberal



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