Pequenos comércios de Hortolândia foram o que mais geraram vagas de emprego no varejo

O pequeno varejo de Hortolândia é o que mais gera vagas de emprego no comércio da cidade. Uma pesquisa feita pelo SindiVarejista de Campinas e Região em parceria com a FecomercioSP aponta que de julho de 2016 a junho deste ano os comércios com até quatro funcionários geraram a contratação de 145 empregados. Essa categoria de varejo foi a única que teve saldo positivo nos meses analisados.

Em contrapartida, no mesmo período, as empresas do varejo a partir de cinco funcionários demitiram juntas 253 pessoas gerando um saldo negativo de 108 demissões no varejo do município.  A maior parte das demissões ocorreram em empresas varejistas que contam com cinco a nove funcionários. Elas somaram a demissão de 114 pessoas no período. O ramo que mais dispensou funcionários na cidade foi as lojas de vestuário, tecido e calçados com que fechou 54 vagas.

Por outro lado os varejistas com até quatro funcionários tiveram o saldo positivo puxado pelo ramo mercadista, que gerou 63 vagas no período, seguido pelo setor de material de construção que teve o registro de 37 novas vagas.

“Em momentos em que há menos admissões que desligamentos no total do varejo, as pequenas empresas amenizam um saldo que poderia ser pior, e em momentos com saldo positivo de vagas, estes estabelecimentos potencializam a geração de vínculos”, afirmou a presidente do SindiVarejista Sanae Murayama Saito.

A presidente explicou que mesmo num momento de retração do emprego, os pequenos estabelecimentos, por características intrínsecas ao seu tamanho, têm menos capacidade de subsistir diminuindo quadro funcional. “Ou seja, os que mantem portas abertas possuem ao menos mais estabilidade de vagas. Outra importante realidade é o aumento de micro e pequenas empregadores, muitos formados por antigos trabalhadores que foram desligados anteriormente”, analisou.

Outra característica desse dado, segundo a presidente do sindicato, é que na maioria das vezes o pequeno varejo é localizado em bairros e por isso tem uma proximidade maior e fiel dos clientes. “Mesmo em crises, o desempenho dos pequenos estabelecimentos é um alento e tem ao menos caráter estabilizador, para não dizer de destaque pela geração de novas oportunidades de trabalho formal”.

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