Campinas

Protesto trava terminal metropolitano de Campinas

Motoristas e cobradores da Empresa Ouro Verde decidiram fazer um protesto no começo da noite desta segunda-feira (21) por atraso no pagamento do vale. Eles bloquearam a entrada principal do Terminal Metropolitano Magalhães Teixeira, por cerca de duas horas, impedindo a entrada de ônibus municipais e intermunicipais no terminal em Campinas.
 
Houve congestionamento e ao menos 30 ônibus ficaram estacionados da entrada do terminal até a Avenida Lix da Cunha.
 
Passageiros que seguiam viagem precisaram descer dos coletivos e fizeram o percurso a pé, alguns deles carregados com bagagem para embarcar no terminal rodoviário.

O protesto começou por volta das 18h30 e terminou às 20h30. O bloqueio atingiu todas as linhas que acessam o Terminal Metropolitano vindas dos municípios de Sumaré, Hortolândia, Monte Mor e Paulínia.
 
A fila de ônibus chegou à Avenida Lix da Cunha. Agentes da Empesa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) ajudaram a monitorar o trânsito, orientando as linhas de ônibus municipais no entorno da Rodoviária.
 
Policiais militares também foram ao local para garantir a segurança no entorno do terminal.

Anuncio


Os motoristas informaram que decidiram iniciar o movimento por causa de constantes atrasos no pagamento.
 
“Não é a primeira vez que a empresa atrasa”, disse um motorista que preferiu não se identificar.
 
Os manifestantes informaram que realizaram a ação por conta própria e não tiveram apoio sindical.
 
O sindicato da categoria não se posicionou nesta segunda (21).
 
Os trabalhadores informaram que até ontem à noite o pagamento não foi depositado, mas que eles fizeram um acordo com a empresa de suspender o protesto para realizarem uma reunião, marcada para 10h desta terça (22), na garagem da empresa no Jardim Nova Veneza, em Sumaré.

Paralisação

“Vamos negociar direto com o chefe do setor”, disse um motorista, que também não quis se identificar.
 
A possibilidade de uma paralisação hoje não foi descartada pelos motoristas.
 
Um representante da empresa que esteve no terminal negociando com os funcionários não quis se manifestar.
 
A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) afirmou que a manifestação prejudicou a operação do terminal, mas não soube precisar quantos usuários foram atingidos.
 
Além dos passageiros do Terminal Metropolitano, as pessoas que iam embarcar dentro da rodoviária tiveram problemas por causa da manifestação.
 
A estudante Juliana Brito, de 22 anos, ia desembarcar em frente à rodoviária, mas teve que descer no acesso da Avenida Barão de Itapura e fazer parte do percurso a pé.
 
“Não tem ônibus nenhum entrando no terminal. Fui surpreendida pela greve. Ficamos um tempo esperando no ônibus e os agentes da Emdec orientaram o motorista a contornar a rodoviária”, disse.
 
Por causa do protesto, as passageiras Solange Carvalho, de 31 anos, Shirley Vieira, de 46 anos, e Márcia Moraes, de 31 anos, ficaram esperando ônibus para Sumaré dentro do Terminal Metropolitano por duas horas.
 
“Chegamos às 18h30 aqui. Já são 20h20 e continuamos esperando. Os fiscais evaporaram. Ninguém deu nenhuma informação para a gente, quando íamos perguntar o que estava acontecendo e se tinha previsão de ônibus, respondiam com grosseria”, afirmou Solange. “É uma falta de respeito com quem foi trabalhar ou quem está voltando do feriado. Nós pagamos passagem cara e ainda somos obrigados a enfrentar essa situação”, disse Shirley.

Simone Alves precisava embarcar para São Paulo e ficou pelo menos 30 minutos presa no trânsito que se formou no entorno do terminal.
 
“Tinha uma fila enorme de carros e ônibus aqui no acesso à rodoviária. Isso atrasou nossa viagem porque normalmente é mais rápido. Além de ser a volta do feriado, teve o protesto para piorar a situação”, disse

Fonte: rac.com.br

Lei Proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização previa do Portal Hortolandia . Lei nº 9610/98

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo