Economia
Como a Taxa Selic influencia no mercado imobiliário
O Brasil, ao longo do tempo e principalmente após o Plano Real, tem feito uso de sua política monetária para controlar o nível geral de preços e também para determinar a quantidade de investimentos estrangeiros no país. A taxa de juros do mercado de reservas bancárias é chamada de taxa SELIC.
A sigla SELIC refere-se a uma taxa de juros utilizada no mercado financeiro para indexar financiamento de operações carregadas em títulos públicos. O governo brasileiro usa a SELIC, através do Banco Central do Brasil, para controlar a emissão, compra e venda de títulos públicos. Por ser a taxa que remunera os investimentos em títulos emitidos pelo governo, ela tende a ser a menor taxa de juros que existe na economia.
Como o Sistema de Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) reflete a gratificação de instituições financeiras de instituições públicas, ela é utilizada como uma base sobre a qual as demais taxas de juros são calculadas no Brasil. Ela é portanto um instrumento utilizado pelo Comitê de Política Monetária para controlar os juros no país.
Por ser considerada como a taxa básica de juros praticada no país, a taxa SELIC afeta todas as camadas da economia, indistintamente.
A influência da SELIC no mercado imobiliário se dá por conta dessa taxa de juros ser exatamente uma referência para economia brasileira. Portanto, se ela está em baixa, como no momento presente, os juros bancários para os financiamentos imobiliários são reduzidos o que provoca o impulsionamento dos empréstimos para compra de imóvel.
Impulsionamento no mercado imobiliário
Ainda há outra forma de impulsionamento do mercado imobiliário quando a SELIC está em baixa. Com juros baixos, quem tem dinheiro a ser aplicado irá dar preferência à compra de imóveis em relação à aplicação em renda fixa, por ser uma das opções mais atrativas nesses momentos.
Inversamente, se a taxa SELIC está em alta, o aumento das taxas de juros bancários irá determinar uma diminuição dos contratos de compra e venda de imóveis, pois o financiamento torna-se mais caro, provocando uma diminuição do volume de negociação no mercado imobiliário. Nesse caso também as aplicações de renda fixa se tornam mais atrativas, enfraquecendo o volume de negociações no mercado imobiliário pela fuga dos investidores.
Muito além da compra e venda
Mas não é somente na compra e venda de imóveis que a SELIC influencia. Os contratos de aluguel de imóveis também guardam estreita relação com a SELIC. O valor do aluguel de imóveis em contratos de longo prazo mantém uma relação com a SELIC, a taxa básica de juros da economia. Além do valor do aluguel, que é de livre negociação entre as partes, o tempo de locação e o indexador de reajustes também o são, com a diferença que o Art. 85 da Lei do Inquilinato proíbe que o valor do aluguel seja estipulado em moeda estrangeira ou vinculado a variações cambiais e ao salário mínimo.
Nesse sentido, para a base de cálculo do reajuste do valor do aluguel é geralmente escolhido um índice financeiro como IGP-M, INPC, IPCA ou, SELIC. Embora haja a possibilidade de escolher mais de um índice, o contrato deve deixar bem claro a forma de utilização de cada um, por exemplo: caso o índice escolhido seja extinto, as partes utilizarão outro índice.
Normalmente os contratos de aluguel são reajustados anualmente pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que é que um índice que mede a inflação. Se a inflação aumenta, o valor dos aluguéis, também aumenta. Porém, se esses valores ficarem muito acima ou muito abaixo dos valores dos novos contratos, esses contratos serão rompidos pelos locatários ou pelos proprietários. Daí, a importância de se buscar realizar contratos de longo prazo com base na SELIC.
Se houver uma elevação da taxa de juros, a tendência é que os valores dos aluguéis subam, pois os proprietários de imóveis passam a considerar mais atrativa a possibilidade de vender o imóvel ao invés de alugar, para posteriormente aplicar os recursos no mercado financeiro que oferece uma remuneração mais atraente.
Portanto a SELIC tem um papel relevante no mercado imobiliário e afeta seu funcionamento de forma direta. Daí a importância de acompanhar a evolução da taxa SELIC para basear suas decisões em relação à compra, venda ou locação de imóveis.
Economia
Bolsa de Valores Flutua Antes de Coletiva de Haddad e Campos Neto – Cobertura CNN Brasil
A bolsa de valores brasileira Ibovespa apresentou uma leve queda hoje, continuando uma tendência de baixa, apesar de altas modestas observadas em Nova Iorque. Enquanto isso, o dólar viu uma ascensão, sendo negociado a R$ 5,26. Este cenário ocorre em um momento de cautela entre investidores, aguardando a coletiva de imprensa com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Os setores de varejo e serviços foram os mais afetados, liderando as perdas na bolsa. Entre os destaques negativos estão a Locadora, que despencou mais de 4%, e nomes conhecidos como CVC Brasil, Casas Bahia e Lojas Henn. Estas movimentações do mercado são influenciadas também pela situação econômica nos Estados Unidos, especialmente as políticas de juros que são uma constante preocupação para o mercado financeiro global.
Além disso, os olhos também estão voltados para a China, após divulgação de dados econômicos que superaram as expectativas dos analistas. O PIB chinês do primeiro trimestre indicou uma economia que, apesar de desafios significativos no setor imobiliário, tem mostrado força na exportação e produção industrial devido à demanda externa.
Finalmente, uma nova regulação foi introduzida pelo Ministério da Fazenda sobre as apostas online. Segundo a normativa, não será mais permitido o uso de cartões de crédito para este tipo de transação, visando desencorajar o endividamento das famílias brasileiras. As apostas agora só podem ser realizadas por meio de PIX, TED, cartões de débito ou pré-pagos.
Para mais informações sobre as movimentações econômicas do dia e outras notícias, a CNN Brasil continua a oferecer cobertura completa em seus diversos canais de comunicação.
Esta análise é baseada nas informações fornecidas pela terceira edição do dia do CNN Mercado e outras fontes dentro do mesmo segmento.
Economia
R$ 1 mil na poupança, quanto rende hoje em dia?
Nessa semana o Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou detalhes sobre a taxa Selic, com a redução de 0,50 ponto percentual, passou de 11,25% para 10,75% ao ano, segundo o Banco Central.
Mas e se colocarmos R$ 1 mil na poupança, atualmente, qual será o rendimento ao longo de um ano? O site Money Times realizou essa simulação e nos trouxe detalhes interessantes.
R$ 1 mil na poupança, quanto rende hoje em dia?
Os especialistas fizeram as contas não só da Poupança, mas também do Tesouro Selic, do Tesouro IPCA e do CDB e consideraram:
- uma taxa anual de 3,45% no IPCA,
- 10,65% no CDI,
- 10,50% no juro nominal do Tesouro Prefixado, e
- um juro real do Tesouro IPCA+ de 5,50%
- Poupança: Atualmente rende 6,17% ao ano mais a Taxa Referencial (TR). Então, após 12 meses você terá R$ 1.074,71.
- Tesouro Selic: Com a Selic em 10,75% ao ano, haverá um saldo final líquido de R$ 1.086,47.
- Tesouro IPCA: O valor final será de R$ 1.071,66.
- CDB (com rentabilidade de 100% do CDI): Sendo o mais rentável, entre todos da lista, o CDB mostrará um saldo final de R$ 1.087,86.
Economia
A história mundial e os tributos
Nos primórdios da civilização, os seres humanos estavam organizados em tribos. Nas disputas por territórios, a tribo vencedora sempre incorporava a tribo derrotada. Daí vem a origem da palavra “tributo”.
Do latim, tribus, tributo é aquilo que é rendido ou prestado a outro, por obrigação ou dependência. Também se presta tributo a ídolos ou a causas nobres.
Reis, faraós, imperadores e governantes sempre retiraram tributos da sociedade para se manterem no poder, sem se preocupar muito com a justiça de seus atos ou a função dos tributos arrecadados.
Na Roma antiga, o termo se generalizou para englobar todos os impostos ou taxas cobrados dos cidadãos romanos, além de representar o valor que um povo vencedor obrigava o povo vencido a pagar como símbolo de submissão e obediência.
As províncias romanas contribuíam com tributos para o império, principalmente sobre as terras, ligados aos resultados das colheitas ou à posse da terra. Foi nesse período que surgiu a figura do coletor de impostos.
O Antigo Testamento relata que os judeus, insatisfeitos com a imposição romana, perguntaram a Cristo se era justo pagar tributo a César. Cristo respondeu que deveriam dar a César o que era de César e a Deus o que era de Deus.
Com o tempo, a tributação em espécie sobre colheitas e bens deu lugar à tributação em moeda. O tributo e o poder estão intrinsecamente ligados. É o tributo que financia o Estado e mantém o governo no poder.
Nesse contexto, o povo é um agente passivo, sem poder de decisão e sem representação para gerar um tributo justo. Mesmo nas democracias modernas, os detentores do poder precisam do apoio do povo, do trabalho do povo e de seu respaldo para se manterem no poder.
As técnicas podem ser mais sofisticadas, mas o resultado é o mesmo. O tributo é, portanto, o elemento mais importante para o exercício do poder. É a transferência de recursos do povo para os governantes se manterem no poder, não sendo a prestação de serviços públicos a prioridade, mas sim a própria permanência no poder.
Mesmo que as constituições modernas afirmem que todos os homens são iguais e que o poder governante deve servir à sociedade, a prática demonstra que a sociedade serve aos governantes. Seguindo essa linha de pensamento, quanto maior o Estado, maior a necessidade de arrecadar tributos para sustentar a máquina pública.
Dr. Ivo Ricardo Lozekam
Curriculo resumido: Tributarista, Contador e Advogado, Articulista de Diversas Publicações, destacando-se a Revista Brasileira de Estudos Tributários;Repertório de Jurisprudência IOB; Coluna Checkpoint da Thomson Reuters; Associado ao IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação; e Associado da APET – Associação Paulista de Estudos Tributários. Seus artigos de doutrina sobre a recuperação do crédito acumulado de ICMS, constam no repertório de vários Tribunais Estaduais, incluindo o STJ – Superior Tribunal Federal , e o STF – Supremo Tribunal Federal.
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