Economia
Na contramão da crise HORTITEC deve movimentar R$ 100 milhões em negócios
Exposição reúne em Holambra (SP) produtores de flores, frutas, hortaliças, florestais e demais culturas intensivas e traz novidades em insumos, equipamentos e tecnologias para o setor
Otimistas, apesar da longa crise econômica que o Brasil atravessa, trazendo estagnação, recessão e instabilidade, empresários e produtores de flores, frutas, hortaliças, florestais e áreas afins da horticultura brasileira se preparam para mais um grande encontro durante a 24ª HORTITEC – Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas, queacontece de 21 a 23 de junho, em Holambra (São Paulo/Brasil). Com 420 empresas expositoras – do Brasil e do exterior – e expectativa de reunir 30 mil visitantes, a mostra espera movimentar cerca de R$ 100 milhões em negócios.
Na contramão de quase todos os outros segmentos da economia brasileira, o setor de hortaliças segue em crescimento, movimentando milhões de reais anualmente em toda a sua cadeia, do campo à mesa. Segundo dados da consultoria Euromonitor International, apresentados pela HF Brasil/Cepea da ESALQ/USP, a estimativa é que as vendas de frutas e hortaliças no varejo cheguem a 20 milhões de toneladas, e gerem em torno de R$ 136 bilhões em 2017, o que representa um crescimento médio de 4% em relação a 2016.
Cerca de US$ 260 milhões ou R$ 1 bilhão foram comercializados em sementes de hortaliças, no Brasil, conforme os dados mais recentes da Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM). O plantio conjunto de tomate, cebola, melancia e alface corresponde a 50% do total de sementes. A tomaticultura mantém-se como o principal destaque do setor. Segundo a ABCSEM, o cenário otimista deve-se, essencialmente, à constante profissionalização dos produtores e à busca permanente por novas tecnologias que aumentam a produtividade, a aparência e a qualidade dos produtos. Por suas características de cultivo, o segmento de hortaliças proporciona de quatro a seis empregos diretos por hectare, número bastante considerável quando comparado a outras culturas.
Bons ventos também sopram para o segmento de flores e plantas ornamentais, que sente menos os impactos da crise nacional, uma vez que se mantém em crescimento. A previsão para 2017 era crescer entre 6% e 8%, a exemplo da evolução do setor apurada em 2016, mas a meta de 8% foi atingida já no primeiro semestre. O índice é menor que os verificados em anos anteriores, quando ficaram acima de 10%, mas são também bastante diferentes de outros setores que amargam estagnação e até recessão.
As principais razões do crescimento do mercado de flores, segundo especialistas do setor, são o maior leque de ofertas de opções e variedades ao consumidor, mais durabilidade das flores e mais eficiência na cadeia, além de contar, logicamente, com o aumento de consumo via supermercados, gardens centers e internet. O grande mercado consumidor das flores brasileiras é o interno. No Dia das Mães de 2017, principal data do ano para o setor, as flores mais uma vez ocuparam lugar de destaque na preferência de compra do consumidor, totalizando um aumento nas vendas de 6,4% em relação a 2016.
Frutas: consumo tem espaço para crescer
Em 2016 foram produzidas cerca 17,6 milhões de toneladas de frutas no Brasil, segundo a Euromonitor International. A produção se estende por 2,2 milhões de hectares divididos por todo o país, embora uma fatia importante seja representada pelo Estado de São Paulo. O País é o maior produtor mundial de laranja, limão e mamão papaya e o maior exportador de suco de laranja.
Apesar do grande volume da produção, as frutas ainda têm baixo consumo e muito espaço para ser conquistado no mercado nacional. O consumo dos brasileiros, em média, por ano, tem sido de apenas 33 kg por pessoa, enquanto as estimativas globais da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o consumo ideal é de 100 kg por habitante por ano. O consumo insuficiente de frutas e também de hortaliças é responsável por 31% das doenças isquêmicas do coração, 11% das cerebrovasculares e 19% dos cânceres gastrointestinais.
Além disso, a exportação de frutas brasileiras continua estável, sobretudo para manga, fruta mais exportada pelo Brasil (em valores) nos últimos três anos. A expectativa do HF Brasil/Cepea é que as exportações de frutas frescas, em 2017, cheguem a US$ 645 milhões, ultrapassando os US$ 627,5 milhões de 2016.
Com 8.250 produtores que ofertam ao mercado 350 diferentes espécies em três mil variedades cultivadas em 15 mil hectares de várias regiões do Brasil, o segmento de flores também tem muito espaço ainda para crescer. O consumo médio de flores e plantas do brasileiro é de R$ 26,50 por pessoa por ano, enquanto em países europeus chega a R$ 195 por pessoa por ano, o que representa sete vezes mais. Aqui, no mercado de flores de corte os destaques são as rosas, crisântemos, alstroemerias, lírios e lizianthus. Já nas flores em vaso são campeãs de vendas as orquídeas (phalenopsis), kalanchoês, crisântemos e anthuriuns.
Serviço: 24ª HORTITEC
Data: de 21 a 23 de junho de 2017
Local: Pavilhão da Expoflora – Alameda Maurício de Nassau, 675, Holambra (SP)
Horário: das 9 às 19 horas
Informações adicionais: no site www.hortitec.com.br ou pelo telefone (19) 3802-4196.
Economia
Bolsa de Valores Flutua Antes de Coletiva de Haddad e Campos Neto – Cobertura CNN Brasil
A bolsa de valores brasileira Ibovespa apresentou uma leve queda hoje, continuando uma tendência de baixa, apesar de altas modestas observadas em Nova Iorque. Enquanto isso, o dólar viu uma ascensão, sendo negociado a R$ 5,26. Este cenário ocorre em um momento de cautela entre investidores, aguardando a coletiva de imprensa com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Os setores de varejo e serviços foram os mais afetados, liderando as perdas na bolsa. Entre os destaques negativos estão a Locadora, que despencou mais de 4%, e nomes conhecidos como CVC Brasil, Casas Bahia e Lojas Henn. Estas movimentações do mercado são influenciadas também pela situação econômica nos Estados Unidos, especialmente as políticas de juros que são uma constante preocupação para o mercado financeiro global.
Além disso, os olhos também estão voltados para a China, após divulgação de dados econômicos que superaram as expectativas dos analistas. O PIB chinês do primeiro trimestre indicou uma economia que, apesar de desafios significativos no setor imobiliário, tem mostrado força na exportação e produção industrial devido à demanda externa.
Finalmente, uma nova regulação foi introduzida pelo Ministério da Fazenda sobre as apostas online. Segundo a normativa, não será mais permitido o uso de cartões de crédito para este tipo de transação, visando desencorajar o endividamento das famílias brasileiras. As apostas agora só podem ser realizadas por meio de PIX, TED, cartões de débito ou pré-pagos.
Para mais informações sobre as movimentações econômicas do dia e outras notícias, a CNN Brasil continua a oferecer cobertura completa em seus diversos canais de comunicação.
Esta análise é baseada nas informações fornecidas pela terceira edição do dia do CNN Mercado e outras fontes dentro do mesmo segmento.
Economia
R$ 1 mil na poupança, quanto rende hoje em dia?
Nessa semana o Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou detalhes sobre a taxa Selic, com a redução de 0,50 ponto percentual, passou de 11,25% para 10,75% ao ano, segundo o Banco Central.
Mas e se colocarmos R$ 1 mil na poupança, atualmente, qual será o rendimento ao longo de um ano? O site Money Times realizou essa simulação e nos trouxe detalhes interessantes.
R$ 1 mil na poupança, quanto rende hoje em dia?
Os especialistas fizeram as contas não só da Poupança, mas também do Tesouro Selic, do Tesouro IPCA e do CDB e consideraram:
- uma taxa anual de 3,45% no IPCA,
- 10,65% no CDI,
- 10,50% no juro nominal do Tesouro Prefixado, e
- um juro real do Tesouro IPCA+ de 5,50%
- Poupança: Atualmente rende 6,17% ao ano mais a Taxa Referencial (TR). Então, após 12 meses você terá R$ 1.074,71.
- Tesouro Selic: Com a Selic em 10,75% ao ano, haverá um saldo final líquido de R$ 1.086,47.
- Tesouro IPCA: O valor final será de R$ 1.071,66.
- CDB (com rentabilidade de 100% do CDI): Sendo o mais rentável, entre todos da lista, o CDB mostrará um saldo final de R$ 1.087,86.
Economia
A história mundial e os tributos
Nos primórdios da civilização, os seres humanos estavam organizados em tribos. Nas disputas por territórios, a tribo vencedora sempre incorporava a tribo derrotada. Daí vem a origem da palavra “tributo”.
Do latim, tribus, tributo é aquilo que é rendido ou prestado a outro, por obrigação ou dependência. Também se presta tributo a ídolos ou a causas nobres.
Reis, faraós, imperadores e governantes sempre retiraram tributos da sociedade para se manterem no poder, sem se preocupar muito com a justiça de seus atos ou a função dos tributos arrecadados.
Na Roma antiga, o termo se generalizou para englobar todos os impostos ou taxas cobrados dos cidadãos romanos, além de representar o valor que um povo vencedor obrigava o povo vencido a pagar como símbolo de submissão e obediência.
As províncias romanas contribuíam com tributos para o império, principalmente sobre as terras, ligados aos resultados das colheitas ou à posse da terra. Foi nesse período que surgiu a figura do coletor de impostos.
O Antigo Testamento relata que os judeus, insatisfeitos com a imposição romana, perguntaram a Cristo se era justo pagar tributo a César. Cristo respondeu que deveriam dar a César o que era de César e a Deus o que era de Deus.
Com o tempo, a tributação em espécie sobre colheitas e bens deu lugar à tributação em moeda. O tributo e o poder estão intrinsecamente ligados. É o tributo que financia o Estado e mantém o governo no poder.
Nesse contexto, o povo é um agente passivo, sem poder de decisão e sem representação para gerar um tributo justo. Mesmo nas democracias modernas, os detentores do poder precisam do apoio do povo, do trabalho do povo e de seu respaldo para se manterem no poder.
As técnicas podem ser mais sofisticadas, mas o resultado é o mesmo. O tributo é, portanto, o elemento mais importante para o exercício do poder. É a transferência de recursos do povo para os governantes se manterem no poder, não sendo a prestação de serviços públicos a prioridade, mas sim a própria permanência no poder.
Mesmo que as constituições modernas afirmem que todos os homens são iguais e que o poder governante deve servir à sociedade, a prática demonstra que a sociedade serve aos governantes. Seguindo essa linha de pensamento, quanto maior o Estado, maior a necessidade de arrecadar tributos para sustentar a máquina pública.
Dr. Ivo Ricardo Lozekam
Curriculo resumido: Tributarista, Contador e Advogado, Articulista de Diversas Publicações, destacando-se a Revista Brasileira de Estudos Tributários;Repertório de Jurisprudência IOB; Coluna Checkpoint da Thomson Reuters; Associado ao IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação; e Associado da APET – Associação Paulista de Estudos Tributários. Seus artigos de doutrina sobre a recuperação do crédito acumulado de ICMS, constam no repertório de vários Tribunais Estaduais, incluindo o STJ – Superior Tribunal Federal , e o STF – Supremo Tribunal Federal.
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