Economia
Planejamento Financeiro: como sair do endividamento e ter recursos para realizar projetos e sonhos
Planejamento Financeiro: o desejo para um 2023 com muito dinheiro no bolso ainda está valendo, mas um número grande de brasileiros já entrou no ano novo com as carteiras vazias, muitos boletos sem perspectivas de serem pagos e o nome no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). A dificuldade em lidar com o dinheiro e o endividamento da população revelam um problema grave: a falta de planejamento financeiro.
Segundo o analista de Produtos de Renda Fixa do Banco Mercantil, Daniel Oliveira, o planejamento financeiro é essencial para que as pessoas tenham condições de suprir suas necessidades cotidianas com segurança e tranquilidade. “Além disso, esse instrumento contribui diretamente para atingir metas pessoais e realizar sonhos, como uma viagem de férias, a aquisição de um imóvel, o empreendimento em um novo negócio, bem como a aposentadoria e a independência financeira no médio e longo prazo”, argumenta.
Para quem deseja começar agora a fazer o planejamento financeiro, o especialista recomenda alguns passos que devem ser seguidos, executados e monitorados constantemente. Veja a seguir!
Controle de suas finanças pessoais
O primeiro passo é mapear todas as fontes de receitas e despesas. “Uma boa prática é realizar o agrupamento de todas as fontes de receitas como salário, aluguel, dividendos, entre outros. Em contrapartida, devemos detalhar todos os gastos e atribuí-los a duas categorias, sendo elas despesas fixas (como aluguel, escola, água, luz, impostos, etc.) e despesas variáveis, como alimentação, viagens, transporte e lazer. Assim é possível perceber quais são os pontos fracos e fortes das finanças, reorganizar gastos e cortar despesas desnecessárias”, pontua.
Uso do cartão de crédito com inteligência e racionalidade
Segundo o especialista do Banco Mercantil, parcelar uma compra pode ser interessante, especialmente quando o estabelecimento comercial não cobra juros pelo parcelamento, mas é preciso moderação ao usar o cartão de crédito. “O bom uso do cartão pode ser vantajoso e deve sempre estar alinhado à sua capacidade financeira. Abusar desse meio de pagamento pode se tornar problemático”, alerta.
Gaste menos do que você recebe
Para Daniel Oliveira, apesar de ser uma das premissas básicas em finanças, muitas pessoas não conseguem colocar em prática o ato de ter despesas sempre inferiores à sua capacidade de pagamento. A regra aqui é gastar sempre menos do que você ganha. “Com esta conduta disciplinada, você terá total controle de suas receitas e despesas, gerando sempre um excedente para começar a poupar. Essa prática permite que você esteja um passo à frente em caso de imprevistos como um acidente e uma obra emergencial”, orienta.
Invista sempre
Segundo Daniel Oliveira, o ato de investir deve ser uma prática rotineira. “Invista sempre, ainda que tenha pouco recurso. De pouco em pouco, todos os meses seu dinheiro vai render e a tendência é que haja bons resultados mais adiante”, indica.
Endividamento
Sem planejar as finanças, muitas pessoas gastam mais do que ganham, o que reflete no endividamento recorde do povo brasileiro. A pergunta que fica, é como sair dessa situação? Para o especialista do Banco Mercantil, algumas ações podem ajudá-lo a até começar a investir!
- Anote todos os seus gastos: o primeiro de tudo é saber como está sua situação financeira neste momento;
- Organize suas dívidas: mapeie suas fontes de receitas e todas as suas despesas;
- Corte gastos desnecessários: elimine gastos supérfluos, busque economizar e reduzir ao máximo as despesas que não consegue eliminar;
- Elimine as dívidas mais caras: após o levantamento de suas dívidas, priorize a negociação daquelas com juros mais altos e com maior potencial de se tornar uma bola de neve;
- Negocie com credores: procure as instituições, lojas e demais credores e faça uma proposta de negociação para quitar os débitos. Verifique sua capacidade atual e busque condições de parcelamento ou descontos para quitação da dívida e que caibam em seu orçamento atual.
Economia
Dólar ascende com inflação americana em foco
A economia global tem seus olhos voltados para os Estados Unidos, especialmente na véspera da revelação de novos dados sobre a inflação americana, um fator que conduziu à leve ascensão do dólar, encerrando o dia a R$ 5,16. Com a inflação dos EUA excedendo as expectativas no primeiro trimestre, crescem as incertezas quanto ao timing e magnitude dos cortes de juros. Este cenário de expectativa reflete diretamente no comportamento dos investidores, que optaram pela prudência, resultando em um fechamento sem vigor no Ibovespa, que terminou o dia no vermelho.
A atenção se intensifica com a proximidade da divulgação do índice PCE, que mede a inflação mensal, configurando-se como o dado mais aguardado da semana. Dependendo dos resultados, esse indicador poderá consolidar perspectivas tanto pessimistas quanto otimistas no mercado financeiro.
No cenário nacional, destaque para a Petrobras que, após aprovação do pagamento de metade dos dividendos extraordinários de 2021, viu suas ações subirem mais de 2%. A reeleição de Pietro Mendes para a presidência do Conselho da estatal também foi bem recebida pelo mercado.
Paralelamente, a reforma tributária brasileira promete alterações significativas, incluindo benefícios para o consumo de carnes nobres e incentivos fiscais para famílias de baixa renda, além de um sorteio que distribuirá prêmios milionários a quem solicitar a nova nota fiscal eletrônica, visando aumentar a formalização das vendas e, consequentemente, a arrecadação governamental.
Economia
Arrecadação Federal de março atinge nível recorde desde 2000
A arrecadação federal em março alcançou a cifra inédita de R$ 190,61 bilhões, conforme divulgado pelo Ministério da Fazenda. Este montante representa o maior total para o mês em mais de duas décadas, evidenciando um aumento de 7,22% em relação ao mesmo período do ano anterior. Tal crescimento sustentado mostra a robustez da coleta de impostos e contribuições no atual cenário econômico.
De acordo com matéria da Agência Brasil de Notícias, a arrecadação de janeiro a março somou R$ 657,76 bilhões, um incremento real de 8,36%. Este valor é fruto principalmente da reintrodução da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis e novas políticas tributárias envolvendo fundos de investimento, conforme estabelecido na recente legislação.
O desempenho destacado também inclui uma arrecadação significativa de PIS/Pasep e Cofins, que só em março foi de R$ 40,92 bilhões, marcando um aumento de 20,63%. Este resultado é atribuído ao crescimento nas vendas de combustíveis e ao aumento no volume de serviços e vendas no país, de acordo com dados do IBGE.
Além disso, a Receita Previdenciária e o Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos de capital também mostraram números expressivos. O IRRF, particularmente, teve um aumento de 40,44% no trimestre, impulsionado pela arrecadação proveniente de fundos de investimento.
Economia
Rendimento domiciliar cresceu no Brasil segundo IBGE: confira dados
O rendimento domiciliar, em relação à médio mensal per capita no Brasil atingiu o valor recorde de R$ 1.848 em 2023, de acordo com dados divulgados hoje (19), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse montante representa um aumento significativo de 11,5% em relação ao ano anterior, quando o valor médio era de R$ 1.658. Esse é o maior valor já registrado no país desde o início da série histórica.
Esses números foram revelados em uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que analisa o rendimento de todas as fontes de renda dos brasileiros. Isso inclui não apenas o dinheiro obtido por meio do trabalho, mas também aposentadorias, pensões, programas sociais, rendimentos de aplicações financeiras, aluguéis e bolsas de estudo, entre outros.
Mais detalhes sobre os dados de rendimento domiciliar no Brasil
Segundo o IBGE, em 2023, o Brasil tinha uma população de 215,6 milhões de habitantes, dos quais 140 milhões tinham algum tipo de rendimento. Isso representa 64,9% da população, a maior proporção já registrada desde o início da pesquisa em 2012.
Em comparação, em 2022, esse percentual era de 62,6%. Durante o auge da pandemia, em 2021, a proporção era de 59,8%, o mesmo nível registrado em 2012, quando a pesquisa teve início.
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