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Terra, terráqueos e terrores
Em versos do livro “Retrato do artista quando coisa”, o poeta Manoel de Barros descreveu com exatidão a natureza dos meus afetos: “Fui criado no mato e aprendi a gostar das coisinhas do chão”. Embora eu tenha nascido na Paulicéia Desvairada, como outro poeta, Mário de Andrade, definiu a cidade de São Paulo, rodeado de concreto e aço desde a infância, bem cedo aprendi a valorizar o contato com as plantas, com os bichos, com os quatro elementos. Para mim, tudo no planeta sempre foi interligado e interdependente.
Décadas depois, já médico, percebi que minha convicção de menino estava correta. Cientistas que pesquisam a chamada “saúde planetária” sabem disso. É um campo emergente que pretende compreender o impacto humano no meio ambiente e tomar medidas capazes de reverter os efeitos do crescimento da população e da rápida expansão das atividades socioeconômicas sobre ele. Afinal, ações que o perturbam também afetam, de forma retroativa, o bem-estar de todos nós. Zelar pela saúde da Terra é, por tabela, zelar pela nossa.
Vivemos no Antropoceno, ou seja, na época geológica dos humanos, a mais recente da história da Terra. Homens e mulheres mundo afora alteram o meio em que vivem, provocando mudanças no clima, no uso do solo, reduzindo a disponibilidade de água potável, devastando a ponto de extinguir espécies da fauna e da flora, acidificar os oceanos, destruir a camada de ozônio.
A conta a ser paga por tamanho descalabro, é claro, está chegando. Um exemplo de consequência que já assoma à nossa porta é o novo recorde de calor dos oceanos. Desde 2016 não eram registradas temperaturas tão altas na superfície do mar, apontou a Copernicus, agência de mudanças climáticas da União Europeia – a temperatura média diária global chegou a alarmantes 20,96°C nesta semana.
Essenciais para a regulação do clima no planeta, os oceanos absorvem o calor e produzem metade do oxigênio da Terra. Quanto mais quente é a água, menos capacidade ela tem de absorver o dióxido de carbono da atmosfera, o que leva ao aquecimento do clima, ao derretimento das geleiras e ao aumento do nível do mar. Além das graves implicações para os animais marinhos, de acordo com previsão do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (IPCC), a subida dos oceanos pode inundar milhares de quilômetros de costas nos quatro cantos do mundo, desencadear marés ciclônicas e outros fenômenos extremos, comprometendo a segurança de milhões de pessoas – pessoas pobres, é claro. Sobre elas recaem todos os males.
O terror não para por aí. Na esteira desses processos, velhas doenças têm se agravado e novas doenças têm surgido. Há estudos que demonstram a existência de correlação entre o crescimento acelerado de pandemias e a perda da biodiversidade, o boom populacional, a urbanização e a expansão de áreas de cultivo e pastagem, por exemplo. María Neira, diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente da Organização Mundial de Saúde (OMS), afirmou, durante a pandemia de Covid-19, que “cerca de 70% dos últimos surtos epidêmicos que sofremos têm sua origem no desmatamento e nessa ruptura violenta com os ecossistemas e suas espécies”.
Como indivíduos, comunidades e sociedade global, nos cabe buscar soluções para mitigar os danos causados ao meio ambiente e garantir uma vida melhor para as gerações futuras. A adoção de práticas sustentáveis por cada um ajuda, mas não é controlando sistematicamente o tempo do banho ou correndo para apagar todas as luzes de casa que mudaremos o rumo da história; é em especial pressionando os governos para que invistam em fontes de energia limpa e renovável, promovam o reflorestamento, enfrentem o negacionismo e apoiem as pesquisas científicas que procuram entender as interações entre homem e natureza.
Somente com uma abordagem integrada será possível enfrentar os desafios impostos pelo Antropoceno. Um dia, quem sabe, como o pantaneiro Manoel, voltaremos nossa atenção às “coisinhas do chão”, florescendo em verdadeira sintonia com o planeta que chamamos de lar.
Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica
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Cinco erros que acabam com a pintura do carro
São cinco erros que podem atrapalhar a vida da pintura do seu automóvel. Consequentemente, nossa recomendação é fazer justamente o oposto, conforme descreveremos em cada tópico, são ótimas dicas para manter a pintura automotiva.
1. Estacionar sob o sol
Sim, o sol é prejudicial à tinta do carro. Quantas vezes você já viu modelos mais antigos com capô ou teto corroídos pelo tempo? Na verdade, uma série de fatores contribui para essa degradação, como chuva, fezes de passarinhos, maresia e até temperaturas extremas, como a que estamos enfrentando esse ano.
“O jeito é parar na sombra, em lugar seco e arejado, como também recomendam os fabricantes de outros tipos de produto. Qualquer tipo de incidência sobre a tinta pode ser maléfica”, explica Reinaldo Silva, funileiro do bairro da Mooca em São Paulo (SP).
As fabricantes reforçam que cada modelo tem características específicas e recomendam que o proprietário use os produtos indicados no manual ou nos sites oficiais, bem como os que forem indicados pelas oficinas da rede autorizada.
2. Estacionar sob árvores ou chuvas
Como dissemos acima, chuvas ácidas ou de granizo e fezes de passarinhos, entre outros agentes externos, podem ser corrosivos e acabar com a tintura.
“A dica é evitar parar debaixo de árvores, se for possível, e em lugares onde qualquer tipo de coisa possa cair na lataria, como ao lado de obras, por exemplo”, reforçam o funileiro Reinaldo e a opinião das próprias fabricantes.
3. Lavar o carro sob o sol
Não é bom lavar o carro com a lataria quente – quando o carro está sob o sol, por exemplo. Isso pode gerar manchas na pintura, já que sob essas temperaturas a água sobre a lata evapora rapidamente e o sabão acaba deixando marca.
“Talvez isso não aconteça em uma ou duas lavagens. Mas se feito de forma constante, esse processo pode criar vícios na tinta e posteriormente danificar a pintura”, explica o especialista.
4. Usar produtos inadequados
Se você tem costume de lavar seu carro, saiba que existem produtos específicos para fazê-lo. Atenção às recomendações do fabricante e de especialistas. Fuja de itens inadequados, como esponjas muito ásperas, sabonetes ou xampus que não sejam neutros e toalhas ou panos sujos.
“O ideal é usar panos macios, como os de microfibra, e produtos de qualidade específicos para automóveis, não qualquer tipo de sabão que se compra no mercado”.
5. Não lavar nem secar, e cobrir errado
Deixar o carro totalmente sujo ou empoeirado também é ruim para a pintura – até porque as partículas de sujeira/poeira podem arranhar a lataria. Tem o costume de cobrir seu carro? Também é importante usar a capa correta, já que uma que não está de acordo com o carro também pode causar arranhões.
“O ideal é manter uma regularidade de lavagens e respeitar todas as dicas. Vai cobrir? Tenha uma capa feita ou indicada para seu próprio modelo e que seja ‘respirável’, para evitar acúmulo de umidade. E minha dica é que isso seja feito somente em longos períodos de hibernação”, finaliza Reinaldo.
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Como encontrar um verdadeiro Pai de Santo
Na jornada espiritual dentro das tradições afro-brasileiras, como Candomblé, encontrar um pai de santo verdadeiro e confiável é essencial.
Esses líderes espirituais desempenham um papel crucial, atuando como guias e mediadores entre os fiéis e as entidades espirituais. Contudo, a tarefa de discernir um verdadeiro mentor espiritual em meio a tantas opções pode ser desafiadora.
Aqui estão algumas diretrizes práticas para ajudá-lo a encontrar um pai de santo autêntico e confiável.
1. Pesquise sobre sua História e Formação
Um autêntico pai de santo possui uma formação sólida, geralmente aprendida ao longo de muitos anos. É importante investigar sobre quem ensinou e quais foram as influências espirituais do líder religioso em questão.
Líderes espirituais genuínos, como Pai Antônio de Ogum, destacam-se pelo vasto conhecimento e prática contínua. Com mais de 40 anos de experiência, Pai Antônio é amplamente respeitado por sua profundidade de conhecimento e habilidade em orientar e realizar rituais complexos, o que o torna um exemplo de liderança confiável na comunidade espiritual.
2. Entenda os Valores e Práticas
Um verdadeiro pai de santo pratica e ensina valores éticos e morais consistentes com as tradições da religião. A integridade, o respeito e a compaixão são características fundamentais. É vital frequentar sessões e observar como o pai de santo interage com sua comunidade e com os buscadores espirituais. Um líder espiritual deve ser inclusivo, acessível e respeitoso com todos, independentemente de seu status.
3. Verifique a Reputação na Comunidade
A reputação de um pai de santo pode ser um forte indicativo de sua autenticidade. Converse com membros mais antigos e respeitados da comunidade sobre suas experiências e percepções. Um líder espiritual autêntico terá um histórico de ações positivas e uma boa reputação entre aqueles que ele serve.
4. Participe de Rituais
Participar de rituais é crucial para sentir a atmosfera e a energia do espaço espiritual. Observe como os rituais são conduzidos e como as pessoas reagem às atividades. Um verdadeiro pai de santo conduz rituais com respeito e seriedade, criando um ambiente seguro e sagrado para todos os participantes.
5. Cuidado com Promessas Milagrosas
Desconfie de líderes espirituais que prometem soluções rápidas e milagrosas para problemas complexos. Um verdadeiro pai de santo entenderá e ensinará que o crescimento espiritual é um processo que requer tempo, dedicação e paciência, e não é alcançado através de soluções instantâneas.
6. Consultas e Aconselhamento
Durante as consultas, um pai de santo verdadeiro oferece aconselhamento que visa o bem-estar e o crescimento espiritual dos consultantes, sem forçar decisões ou ações. Ele deve fornecer orientação que empodere o indivíduo a tomar decisões informadas e conscientes sobre sua vida.
7. Valorize a Transparência
A transparência em todas as práticas é um sinal de um verdadeiro líder espiritual. Isso inclui clareza nos custos de serviços e rituais, bem como nas práticas administrativas da casa de santo. Um pai de santo genuíno mantém uma postura aberta e honesta sobre todas as atividades realizadas sob sua liderança.
8. Confie em Suas Intuições
Por fim, confie nas suas próprias intuições. Ao interagir com um pai de santo, observe como você se sente em sua presença. Seu instinto pode ser um guia poderoso para determinar se o ambiente e a liderança são autênticos e alinhados com suas necessidades espirituais.
Conheça o Pai de Santo Antônio de Ogum
Pai Antônio de Ogum é um renomado pai de santo e um dos médiuns mais respeitados do Brasil, com mais de 40 anos de experiência em práticas espirituais, especialmente dentro das tradições do Candomblé. Sua jornada começou ainda na juventude, quando foi iniciado nas práticas religiosas afro-brasileiras, desenvolvendo ao longo dos anos uma conexão profunda e respeitosa com as entidades espirituais, especialmente com Ogum, o orixá guerreiro e protetor nas religiões de matriz africana.
Ao longo de sua trajetória, Pai Antônio de Ogum construiu uma reputação sólida baseada em respeito, sabedoria e um profundo comprometimento com a ética e o bem-estar de seus seguidores. Ele é conhecido por sua habilidade em orientar rituais, oferecer aconselhamento espiritual e realizar leituras precisas através dos búzios, ajudando as pessoas a encontrarem caminhos de cura e melhoramento pessoal.
Pai Antônio também é um educador e líder comunitário, dedicando-se a ensinar os princípios das religiões afro-brasileiras para novas gerações, promovendo a continuidade e a integridade dessas práticas. Sua casa é um lugar onde muitos buscam refúgio e orientação, atraídos pela atmosfera de acolhimento e pelo respeito mútuo que são marcas de seu trabalho.
A extensa experiência de Pai Antônio de Ogum o coloca em uma posição única para auxiliar em questões complexas e desafiadoras, seja em nível pessoal, espiritual ou comunitário. Sua liderança e sabedoria continuam a inspirar e beneficiar muitos, solidificando sua posição como uma figura chave nas práticas espirituais do Brasil.
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Chegada do Novo Celta 2024 promete renovação no mercado
O novo Celta da Chevrolet, modelo icônico no Brasil, está previsto para retornar ao mercado em 2024. Com design renovado e motorização atualizada, o veículo promete reacender a paixão dos brasileiros por carros acessíveis. Após ser descontinuado em 2016, o Celta retorna com expectativas elevadas de redefinir os padrões do mercado automobilístico nacional.
O modelo, que foi um sucesso de vendas desde seu lançamento original em 2000, promete continuar sua trajetória de popularidade com a nova geração. A Chevrolet ainda não confirmou os planos de lançamento do novo Celta no Brasil para 2024, mas a possibilidade de reviver o nome “Celta” está sendo considerada.
Além das características técnicas como airbags, sistema de freios ABS e sensor de ré, o novo Celta se destaca por um design que incorpora elementos de outros modelos da marca. A montadora apresentou uma versão sedan durante o lançamento no México, possivelmente batizada como Prisma, e especula-se que esta versão tenha um preço inicial mais acessível que o Onix Plus.
A expectativa cresce enquanto a Chevrolet se prepara para trazer de volta um dos modelos mais queridos pelos brasileiros. A confirmação de sua chegada ao mercado nacional ainda é uma incerteza, mas a empolgação dos entusiastas automotivos é palpável.
Confira mais detalhes no vídeo a seguir:
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