Saúde & Beleza
Usar óleo de rícino nos olhos é perigoso
Com o hashtag #castoroilforeyesite – óleo de rícino para visão em tradução livre, TikTokers atingiram em poucos dias mais 3 milhões de visualizações. Criaram um grupo de influência, que estimula o uso de óleo de rícino na região dos olhos com o argumento de que evita rugas, melhora a circulação dos olhos, previne catarata, glaucoma, moscas volantes e até corrige a refração. Recentemente uma paciente atendida pelo oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier de Campinas, foi diagnosticada com inflamação na córnea. Ela conta que resolveu experimentar o óleo de rícino nos olhos para ver se melhorava o desconforto no computador.
O especialista alerta que embora o medicamento tenha benefícios potenciais para melhorar o olho seco e, portanto, o conforto diante das telas, precisa ser esterilizado, não conter aditivos e a fórmula deve ser específica para aplicar nos olhos. A paciente não fez esta seleção. Segundo Queiroz Neto ela chegou ao consultório carregando o frasco do remédio que continha aditivos. Por sorte, logo que sentiu o desconforto marcou a consulta. Caso esperasse mais para iniciar o tratamento poderia ficar com alguma sequela na córnea e ter diminuição permanente da visão, salienta.
Olho seco e blefarite
O oftalmologista afirma que o óleo de rícino é produzido pela prensagem das semente de mamona. Tem como características ação anti-inflamatória e antibiótica. Embora alguns colírios lubrificantes já contenham este componente, por enquanto as evidências científicas dos benefícios para os olhos são bastante limitadas. Ele cita um ensaio publicado no Science Direct no qual ficou demonstrado que o uso do óleo de rícino na base das pálpebras duas vezes ao dia, durante quatro semanas, melhorou o olho seco e a blefarite dos 26 participantes. O problema, ressalta, é o tamanho muito reduzido da amostragem e a pesquisa não ter um grupo controle. Por isso, mais estudos precisam ser feitos para comprovar a eficácia contra o olho seco e a blefarite, inflamação nas pálpebras que forma caspas nos cílios pelo acúmulo de bactérias e alteração na secreção das glândulas localizadas nas bordas.
Catarata e glaucoma
“O óleo de rícino é também um potente antioxidante, mas esfregar o medicamento nas pálpebras como os TikTokers recomendam nos vídeos não impede a formação da catarata, nem a evolução do glaucoma”, afirma o médico. “Isso porque, a maior causa da catarata é o envelhecimento que opacifica e amarela o cristalino, lente localizada atrás da íris, parte colorida do olho. Já o glaucoma é uma doença que danifica o nervo óptico por conta do aumento da pressão interna do olho decorrente da dificuldade de drenagem do humor aquoso, liquido que preenche o globo ocular.” O oftalmologista destaca que é bem verdade que alguns colírios para glaucoma contém óleo de rícino visando melhorar o conforto na superfície do olho quando o medicamento é instilado, mas não influi no controle da doença.
Refração e moscas volantes
“Passar óleo de rícino nas pálpebras e não precisar mais de correção visual é mito”, salienta. As duas únicas formas de abandonar os óculos são a cirurgia refrativa para corrigir miopia, hipermetropia astigmatismo e presbiopia ou a cirurgia de catarata que elimina o uso de óculos dependendo da lente implantada e da técnica cirúrgica.
Já as moscas volantes são uma reação a um trauma, cirurgia na cabeça ou olhos que desaparece espontaneamente. Só merecem sua atenção quando ocorre uma ‘chuva’ de moscas volantes que indicam descolamento de retina e, portanto, uma emergência médica. Outra causa é a fragmentação e formação de grumos no humor aquoso conforme envelhecemos e certamente em nenhum dos dois casos o óleo tem propriedades para combater.
Como garantir sua segurança
É melhor você aguardar a publicação de evidências científicas mais robustas para tratar olho seco ou blefarite com óleo de rícino. Queiroz Neto afirma que este óleo é bastante emoliente e uma opção segura para retirar maquiagem. Caso queira experimentar consulte um oftalmologista. Ele pode lhe orientar sobre a fórmula ou outros tratamentos mais seguros. Se utilizar e sentir desconforto as recomendações do oftalmologista são:
· Lave os olhos com xampu infantil e água em abundância
· Evite esfregar a superfície dos olhos para não ferir a córnea.
· Consulte o oftalmologista imediatamente.
Saúde & Beleza
ADP aponta três dicas para empresas combaterem burnout
Um ambiente cada vez mais intenso e volátil, associado a fatores como excesso de trabalho, ambiente organizacional desfavorável, problemas de relacionamento com líderes e/ou colegas, entre outros tem mostrado um número crescente de trabalhadores reportando estresse prolongado, sentimento de exaustão, baixo nível de energia e menor eficiência no trabalho ao redor do mundo. No entanto, é importante lembrar que quando pautamos sobre Burnout, estamos ressaltando esses sintomas manifestados de forma crônica.
Além dos impactos na saúde mental e física do trabalhador, o Burnout implica no aumento no absenteísmo, na sinistralidade do seguro saúde, na redução da produtividade, entre outros fatores que trazem custos adicionais às organizações, sejam de forma direta ou indireta.
Tal cenário tem demandado das empresas medidas concretas para reduzir o risco de esgotamento entre a força de trabalho e criar um ambiente saudável. Mariane Guerra, vice-presidente de Recursos Humanos da ADP (líder global em soluções de gerenciamento de folha de pagamento e gestão de capital humano) para a América Latina, aponta três dicas para a prevenção do esgotamento mental e físico dos colaboradores:
- Incentivar o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal: uma das principais causas do estresse prolongado é a falta de equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. Assim, é crítico que empregadores incentivem as pessoas a realizarem pausas regulares, utilizarem o período de férias e concluírem seu trabalho dentro do horário estabelecido. Mais que tudo, é fundamental respeitar o direito do trabalhador de se desconectar de mensagens, e-mails e chats depois do horário de trabalho. Um dado preocupante observado no estudo People at Work do Instituto de Pesquisa da ADP em 2023 é que apenas 18% dos trabalhadores dizem que seus empregadores respeitam seu direito a se desconectar.
- Fornecer suporte para o bem-estar mental e emocional: o bem-estar mental e o emocional são tão importantes quanto o físico. É importantíssimo disponibilizar recursos e apoio para todos os trabalhadores e trabalhadoras de maneira geral, e não somente para aqueles que estão lidando com algum pico de estresse, ansiedade ou outros tipos de desordens mentais ou emocionais. A prevenção é fundamental para garantir uma força de trabalho saudável de forma sustentável. Além dos benefícios tradicionais, como por exemplo o Seguro Saúde, um grande aliado no combate ao Burnout é o programa de assistência ao trabalhador (EAP), que oferece não só assistência psicológica, mas também assistência jurídica, serviços de aconselhamento financeiro, entre outros. Isso porque, com muita frequência, distúrbios mentais são multifatoriais. Com isso, é fundamental oferecer suporte nas diversas áreas que podem afetar a vida das pessoas.
- Criar uma cultura de trabalho inclusiva: uma cultura de trabalho que ofereça segurança psicológica e permita que as pessoas sejam elas próprias, pode contribuir significativamente para promover o bem-estar nas organizações. Para isso, é importante fomentar um ambiente de confiança, respeito e inclusão. Segundo a pesquisa “Global Workforce View” de 2022 da ADP Research Institute, as pessoas que amam seu trabalho e sentem-se ótimos em fazê-lo são 2,4 vezes mais propensas a apresentar baixos níveis de estresse.
Sobre a ADP (Nasdaq-ADP)A companhia oferece produtos de ponta, serviços de alta qualidade e experiências excepcionais para que as pessoas alcancem o máximo potencial no trabalho. Os serviços e produtos da empresa para RH, talento, benefícios, folha de pagamento e compliance são baseados em dados, mas desenhados para pessoas.
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Conheça a febre oropouche: doença viral com aumento significativo de casos no Brasil
Você conhece a febre oropouche? Pois saiba que há um aumento expressivo de casos desta doença viral no Brasil. Ela é transmitida, principalmente, pela picada de um mosquito conhecido como maruim ou mosquito-pólvora (Culicoides paraensis é seu nome científico).
Os dados revelam, segundo o Ministério da Saúde, que em 2023 foram 832 casos, contra 3.354 registros nas quinze primeiras semanas de 2024.
Números da febre oropouche
O número de casos da febre oropouche pode ser visto abaixo:
- Amazonas (2.538 casos),
- Rondônia (574 casos),
- Acre (108 casos),
- Bahia (31 casos),
- Pará (29 casos),
- Roraima (18 casos),
- Mato Grosso (11),
- São Paulo (7) e,
- Rio de Janeiro (6).
Uma das razões apontadas pelo Ministério da Saúde para esse aumento é a descentralização do diagnóstico laboratorial para detecção do vírus nos estados da região amazônica, onde a febre oropouche é considerada endêmica.
No entanto, a situação é mais complexa, uma vez que muitas regiões do Brasil não têm disponibilidade de exames, sugerindo que o número real de casos pode ser ainda maior do que os registros oficiais.
O que é a a doença?
Detectado no Brasil na década de 1960 a partir de amostras de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília. A partir disso, ela tem se tornado um preocupante vilão da saúde pública, exigindo medidas de controle e prevenção, como o combate ao vetor transmissor e a conscientização da população sobre os sintomas e medidas de proteção.
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10 dicas para proteger crianças contra infecções + dica bônus
Aqui, mostraremos 10 dicas para proteger crianças contra infecções. Isso tem se tornado uma preocupação constante para pais e cuidadores, especialmente durante os períodos de maior incidência de doenças respiratórias, como gripes e resfriados. Contudo, tome os cuidados listados abaixo e, se verificar sintomas mais constantes, procure ajuda médica.
10 dicas para proteger crianças contra infecções
Vacinação:
A vacinação é fundamental para crianças, jovens e adultos, independentemente do que muitos digam por aí. Certifique-se de que as crianças recebam todas as vacinas recomendadas, incluindo as vacinas contra gripe e outras doenças respiratórias, de acordo com o calendário de vacinação.
Higiene das mãos:
Ensine as crianças a lavar as mãos regularmente com água e sabão por pelo menos 20 segundos, especialmente antes de comer, depois de usar o banheiro e ao chegar em casa.
Cobrir a boca e o nariz:
Instrua as crianças a cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel ao tossir ou espirrar e a jogar o lenço no lixo imediatamente após o uso. Se não houver lenço disponível, ensine-as a tossir ou espirrar no cotovelo, em vez das mãos.
Evitar contato próximo com pessoas doentes:
Oriente as crianças a evitar o contato próximo com pessoas que estão doentes, incluindo evitar compartilhar objetos pessoais, como talheres e copos.
Limpeza e desinfecção:
Mantenha superfícies e objetos frequentemente tocados limpos e desinfetados regularmente, especialmente em áreas de uso compartilhado, como banheiros e cozinhas.
Evitar multidões:
Evite levar as crianças a locais lotados ou eventos onde haja muitas pessoas, especialmente durante surtos de doenças respiratórias. Tudo isso para que o sistema imunológico mantenha-se equilibrado.
Promover um estilo de vida saudável:
Incentive as crianças a manterem um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada, exercícios regulares, sono adequado e redução do estresse.
Mantenha as crianças em casa quando estiverem doentes:
Se uma criança estiver doente, é importante mantê-la em casa para evitar a propagação da doença para outras pessoas.
Ventilação adequada:
Mantenha os ambientes internos bem ventilados, abrindo janelas e portas sempre que possível para permitir a circulação de ar fresco. Essa ‘troca de ar’ ao longo do dia, é fundamental não só para crianças, mas também para adultos.
Consulta médica:
Em caso de sintomas de infecções respiratórias, como febre, tosse, coriza ou dificuldade para respirar, consulte um médico imediatamente para avaliação e tratamento adequados.
Dica Bônus:
Oferecer exclusivamente leite materno nos primeiros 6 meses de vida e complementá-lo com alimentos saudáveis até os 2 anos é altamente recomendado, pois o leite materno contém anticorpos fornecidos pela mãe. Esses anticorpos ajudam a aumentar a proteção contra infecções comuns no outono/inverno e outras doenças.
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